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Berlusconi admite que resultado dos referendos não pode ser ignorado

Segundo Ministério do Interior, cerca de 57% dos italianos participaram dos referendos

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Por Redação
Atualização:

ROMA - O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, aceitou nesta segunda-feira, 13, os resultados dos quatro referendos realizados na Itália, e ressaltou que os mesmos "não podem ser ignorados".

 

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"A alta afluência nos referendos demonstra uma vontade de participação dos cidadãos nas decisões sobre nosso futuro que não podem ser ignoradas" disse Berlusconi por meio de nota oficial.

 

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O chefe do Executivo acrescentou que a vontade dos italianos nos temas consultados é "clara", e que o governo e o parlamento terão que "aceitar plenamente" o resultado das consultas.

 

O primeiro-ministro destacou que "inclusive aqueles que consideram que o referendo não é o instrumento mais idôneo para debater questões complexas, veem claramente que a vontade dos italianos é clara sobre todos os temas submetidos a consulta."

 

Segundo o Ministério do Interior, 57% dos italianos participaram das consultas e se pronunciaram contra a energia nuclear e pela eliminação de uma lei que confere a Berlusconi e a outras autoridades proteção contra processos judiciais. As outras duas consultas populares se referiam a gestão da água.

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As sondagens de boca de urna e os primeiros dados do escritório oficial indicam que cerca de 95% dos italianos que compareceram às urnas se pronunciaram contra a volta da produção de energia nuclear e a favor de derrogar a lei que permitia ao primeiro-ministro não assistir aos julgamentos que têm pendente.

 

Poucas horas antes do término da votação e considerando os dados de participação no sábado, Berlusconi, favorável a volta de produção de energia nuclear, já havia dado por perdida a consulta.

 

"A Itália provavelmente, como consequência de uma decisão que o povo italiano está tomando nessas horas, deve dizer adeus a questão da energia nuclear e, portanto, teremos que nos comprometer fortemente com o setor de energias renováveis", disse Berlusconi. Com Efe.

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