25 de outubro de 2012 | 03h06
O ex-premiê italiano Silvio Berlusconi confirmou ontem que não se apresentará como líder de seu partido, o conservador Povo da Liberdade (PDL), para tentar voltar a chefiar o governo de seu país depois das eleições legislativas previstas para ocorrer no primeiro semestre do ano que vem.
"Por amor à Itália podem-se fazer loucuras e coisas sábias. Há 18 anos entrei na política, a uma loucura não falta sabedoria: agora prefiro dar um passo atrás pelos mesmos motivos de amor que, então, me empurraram. Não voltarei a apresentar minha candidatura a primeiro-ministro, mas sigo ao lado dos mais jovens", afirmou "Il Cavalieri" em um comunicado.
Berlusconi anunciou também que as prévias eleitorais que escolherão o líder do PDL ocorrerão em 16 de dezembro.
"Tenho ainda bons músculos e um pouco de cabeça, mas o que me corresponde agora é dar conselhos, oferecer memória, contar e julgar sem intrusões. Com eleições primárias abertas no Povo da Liberdade saberemos antes que termine dezembro quem será meu sucessor, após uma competição serena e livre entre personalidades distintas e ideias diferentes com base em valores comuns."
Com 76 anos, Berlusconi deixou o cargo de premiê em novembro, em meio a uma crescente crise econômica em seu país e escândalos sexuais que o colocaram como suspeito de ter pagado pelos serviços de uma prostituta enquanto ela era menor. Ele foi substituído pelo tecnocrata Mario Monti, que tem afirmado que não deverá disputar o posto nas próximas eleições.
No começo do mês, o secretário político do PDL e ex-ministro da Justiça Angelino Alfano declarou que o Cavalieri se retiraria da política para favorecer a formação de uma aliança de centro-direita para disputar as próximas eleições. / EFE e AFP
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