MILÃO - O líder de centro-direita da Itália Silvio Berlusconi criticou furiosamente nesta segunda-feira, 24, a sua condenação por prostituição de menor e abuso de poder, insistindo que é inocente e que continuará na política. "Uma inacreditável sentença foi anunciada, de uma violência nunca vista ou ouvida falar antes para tentar me eliminar da vida política deste país", disse o ex-primeiro-ministro, após saber da sentença de sete anos.
"Pretendo resistir contra esta perseguição porque eu sou absolutamente inocente e não quero de forma alguma abandonar a minha batalha para tornar a Itália um país que seja verdadeiramente livre e justo", disse ele, em comunicado.
Mais cedo, um tribunal de Milão condenou Berlusconi a sete anos de prisão e o proibiu de assumir cargos públicos depois de julgá-lo culpado pelo "caso Ruby" e abusar de seus poderes de gabinete para encobrir a história.
A garota envolvida na história é a dançarina Karima el-Mahroug, conhecida como Ruby. Ela teria participado de festas na casa de Berlusconi, nos arredores de Milão.
O painel de três juízes, todas mulheres, também julgou o ex-premiê, de 76 anos, culpado por abuso de poder para libertar a dançarina da prisão quando ela foi detida por roubo, em um caso separado. Berlusconi não terá que ficar qualquer período na prisão, a menos que a sentença seja confirmada em recurso. / REUTERS
