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Berlusconi deixa Zapatero sozinho em coletiva após encontro em Roma

Segundo porta-voz, não houve 'quebra de protocolo', apenas 'cordialidade' do premiê italiano

Atualização:

 

ROMA - O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, provocou uma embaraçosa situação nesta quinta-feira, 10, durante uma coletiva de imprensa, quando repentinamente deixou o local em que discursava junto do chefe do governo da Espanha, José Luiz Zapatero.

 

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Ambos os líderes acabavam de terminar seus discursos quando Berlusconi disse aos jornalistas presentes que dirigissem as perguntas a Zapatero, cumprimentou o convidado, apertou sua mão e depois deixou o local.

 

"Deixo meu amigo com as perguntas dos jornalistas espanhóis, sobretudo sobre a visita do papa, e o saúdo como se saúda um santo, porque recebeu a bênção do papa e está em estado de graça", disse Berlusconi enquanto abandonava a sala.

 

Depois de ficar sozinho frente aos jornalistas, Zapatero sorriu e olhou fixamente para a direção para onde o italiano saiu andando. Momentos depois, ele deixou o palanque. O espanhol, então, voltou momentos mais tarde para ouvir as perguntas dos repórteres, embora a confusão já havia feito com que a coletiva deixasse de ser transmitida em alguns canais.

 

Não ficou claro se a saída de Berlusconi sem aceitar as perguntas foi provocada por sua cada vez mais fria relação com a imprensa italiana ou por algum motivo particular em relação a Zapatero. Seu porta-voz, Paolo Bonaiuti, porém, assegurou por meio de comunicado que "não existe nenhuma intriga, nenhum mistério" na saída repentina de Berlusconi.

 

"Na contínua obsessão de encontrar sempre e de qualquer modo algo estranho, algumas agências de notícias superaram o inverossímil. Ao término de um muito cordial encontro, os dois chefes de governo compareceram juntos para fazer declarações à imprensa", anunciou o porta-voz. "Depois das declarações, Berlusconi, em um ato de cortesia, deixou a sala para dar a chance ao convidado desenvolver de modo autônomo à imprensa seus relatos da visita à Roma. Não houve quebra de protocolo", concluiu Bonaiuti.

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