Berlusconi diz que Monti terá poucos votos em fevereiro

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Por ANDRÉ LACHINI
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O ex-primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, atacou neste sábado o governo do premiê tecnocrata Mario Monti ao dizer que houve uma "verdadeira conspiração" para afastá-lo do poder em novembro de 2011, quando o magnata renunciou ao cargo em meio à crise da dívida na zona do euro e às pressões. Berlusconi, de 76 anos, será candidato do seu partido de centro-direita, o Povo da Liberdade (PDL, na sigla em italiano) nas eleições de 24 e 25 de fevereiro, quando a Itália elegerá os membros do Parlamento e o primeiro-ministro. Monti renunciou na semana passada mas ficará como interino no cargo até fevereiro, a pedido do presidente da Itália, Giorgio Napolitano.Berlusconi disse à imprensa local que, se vencer, vai investigar a "conspiração" que levou ao seu afastamento. Ele também afirmou que Monti, que é senador vitalício e se aliou aos partidos de centro, como a União Democrática Cristã (UDC), terá "poucos votos" em fevereiro."Foi um verdadeira conspiração. Se vencermos, vamos instaurar uma comissão investigadora para examinar os fatos. Eu escutei ministros que disseram que estávamos à beira da falência. Isso foi uma mentira", disse Berlusconi. O ex-premiê viajou neste sábado, de trem, de Roma a Milão, dando entrevistas nas estações ferroviárias das duas cidades. A noiva de Berlusconi, a napolitana Francesca Pascale, de 26 anos, acompanhou calada as declarações do político. Monti não respondeu às declarações de Berlusconi. O premiê passa o feriado de final do ano em Veneza, em companhia da família. As informações são da agência Ansa e do jornal Corriere della Sera.

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