Berlusconi faz aliança com partido Liga do Norte

Ex-premiê disse que gostaria de ser ministro da Economia em um futuro governo de centro-direita

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Por Redação
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ROMA - Silvio Berlusconi, ex-primeiro-ministro da Itália, declarou nesta segunda-feira, 7, que seu partido de centro-direita fechou uma aliança durante a madrugada (horário local) com os federalistas do partido Liga do Norte para a eleição geral, marcada para os dias 24 e 25 de fevereiro. A medida aumenta as chances de que o Parlamento italiano fique dividido após o pleito. O Partido da Liberdade (PDL), de Berlusconi, tem tradicionalmente se aliado ao Liga do Norte, que é forte principalmente nas ricas regiões do norte da Itália. "O líder da Liga do Norte, Roberto Maroni, será o candidato em Lombardia, enquanto eu serei o líder da coalizão dos moderados", disse o ex-primeiro-ministro em entrevista para a emissora RTL 102.5.

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Berlusconi, que deixou o governo em novembro de 2011 para dar lugar a um governo tecnocrata liderado por Mario Monti, disse que ainda não está certo quem seria o primeiro-ministro no governo de centro-direita. "Nós decidiremos se vencermos", afirmou, acrescentando que preferia ser ministro da Economia e que mais provavelmente o secretário do PDL Angelino Alfano seria o primeiro-ministro.

O ex-premiê, que apoiou o governo de Monti até o mês passado, atacou o atual governante por reintroduzir um imposto bastante impopular sobre propriedades em residências primárias e prometeu reduzir os impostos sobre rendimentos.

De acordo com a maioria das pesquisas eleitorais, o bloco de centro-direita vem atrás da aliança de centro-esquerda do Partido Democrático com uma diferença de pelo menos 10 pontos porcentuais. O atual conjunto de leis eleitorais da Itália, no entanto, faz com que seja difícil para qualquer partido compor a maioria no Senado, o que resulta em governos instáveis.As regiões do norte do país são particularmente importantes para o Senado, considerando o grande número de legisladores que são eleitos naquela parte do país.

Com informações da Dow Jones e da Reuters

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