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Berlusconi ficará internado mais uma noite após agressão

Médicos afirmam que, após ter nariz quebrado, premiê italiano tem dificuldade para comer.

Por BBC Brasil
Atualização:

O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, vai permanecer internado em um hospital de Milão até terça-feira, após ter sido agredido por um homem durante um encontro com simpatizantes na cidade no domingo. Um boletim médico divulgado nesta segunda-feira afirma que o líder italiano, de 73 anos, está conseguindo se alimentar, mas com dificuldade. Berlusconi sofreu uma fratura no nariz, teve dois dentes quebrados e os lábios cortados após ser atingido por uma pequena réplica da catedral do Duomo, um dos principais marcos de Milão. Ainda de acordo com o boletim médico do Hospital San Raffaele, Berlusconi está tomando analgésicos e antibióticos. Os médicos vão tratar do nariz do primeiro-ministro italiano, que levou pontos, mas afirmam que ele não precisará passar por cirurgia. O médico de Berlusconi, Alberto Zangrillo, disse que o premiê poderá precisar de algumas semanas para se recuperar. "Eu o encontrei abalado, amargurado, como se tivesse passado por um pesadelo, realmente abatido", disse. Distúrbios mentais O homem que teria agredido o primeiro-ministro, Massimo Tartaglia, de 42 anos, foi detido imediatamente após o incidente e foi indiciado pela agressão. Segundo a polícia, Tartaglia não tem antecedentes criminais, mas a imprensa italiana noticiou que ele teria um histórico de distúrbios mentais. Os policiais, no entanto, não informaram qual teria sido o motivo do ataque. Berlusconi havia acabado de fazer um discurso diante de simpatizantes e estava dando autógrafos quando foi agredido. Imagens de televisão mostraram que, momentos após o ataque, Berlusconi ainda tentou sair de seu carro para sinalizar que estava bem, apesar de parecer atordoado, mas seus assessores o colocaram de volta no veículo e o levaram para o hospital. O ataque foi condenado pelo presidente Giorgio Napolitano. Já o líder direitista da Liga do Norte, Umberto Bossi, afirmou que a agressão foi um "ato de terrorismo" e acrescentou que o ataque é um "sinal preocupante". Berlusconi tem sido pressionado nos últimos meses. A vida particular do primeiro-ministro italiano foi parar nas primeiras páginas do jornais em meio a acusações de que ele contratou serviços de prostitutas. E sua mulher, Veronica Lario, pediu o divórcio em maio. O líder italiano também teve que negar envolvimento com a máfia, e processos criminais contra o primeiro-ministro foram retomados depois que uma lei que proporcionava imunidade a ele foi revogada. Há apenas uma semana, dezenas de milhares de pessoas participaram de uma manifestação contra Berlusconi em Roma. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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