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Berlusconi oferece apoio a Prodi em importante votação

Diferenças na coalizão de centro-esquerda, que impediram o refinanciamento de soldados no Afeganistão, fizeram com que Prodi renunciasse na semana passada

Por Agencia Estado
Atualização:

O ex-premier italiano e líder da oposição, Silvio Berlusconi, disse nesta quinta-feira, 1, que apoiará "o refinanciamento da missão militar no Afeganistão", um dos pontos cruciais que levaram à renúncia na semana passada do primeiro-ministro, Romano Prodi. Na última quarta-feira, 28, Prodi conquistou um voto de confiança no Senado, que exigiu a permanência do político no cargo. A meio usado foi o medo geral de que Berlusconi regressasse ao cargo após ter sido tirado do poder há nove meses. "Nós votamos no refinanciamento porque queremos mostrar que somos um país sério e devemos dizer isso claramente a nossos aliados", disse Berlusconi. O governo de centro-esquerda liderado por Prodi, após a votação de confiança de sexta, 2, na Câmara dos Deputados, que liberará o prosseguimento da atividade legislativa, deverá enfrentar a aprovação do decreto que renova o financiamento dos 2 mil militares italianos no Afeganistão, em apoio à missão da Otan, até 2011. A coalizão esquerdista formada por nove partidos travou batalhas internas quase sem parar desde que subiu ao poder, em maio de 2006. Entre os pontos de desavença estão a presença de soldados da Itália no Afeganistão, a ampliação de uma base militar dos EUA na cidade de Vincenza, o corte nos gastos públicos e a concessão de direitos aos homossexuais. Entretanto, o fato de Prodi conquistar um voto de confiança no Senado não convenceram os italianos de que o dirigente continuará no cargo tempo suficiente para cumprir suas promessas de reforma. Apesar da promessa de seus aliados de observar uma trégua interna, problemas já começaram a ser projetados para a coalizão governista, e isso mesmo antes de as formalidades de confirmação de Prodi no cargo terem sido concluídas, na sexta-feira, 23, com uma votação na Câmara Baixa do Parlamento. Com BBC Matéria ampliada às 14h04 para acréscimo de informações

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