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Biden diz que os EUA terão doses suficientes para vacinar todos os americanos até julho

Presidente americano anunciou compra de mais 200 milhões de doses dos laboratórios Moderna e Pfizer; campanha de vacinação no país entra em nova fase com a participação de milhares de farmácias

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Por Redação
Atualização:

WASHINGTON - Os Estados Unidos adquiriram doses suficientes de vacina contra a covid-19 para imunizar toda sua população até julho, anunciou nesta quinta-feira, 11, o presidente americano, Joe Biden. A vacinação em massa, prometida pelo presidente americano no mês passado, se tornou possível após o país garantir mais 200 milhões de doses.

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"Ainda esta tarde, assinamos os contratos finais para mais 100 milhões de doses do laboratório Moderna e mais 100 milhões de vacinas da Pfizer", disse ele depois de visitar a sede do Instituto Nacional de Saúde, nas proximidades de Washington.

As novas aquisições vão aumentar a oferta atual em 50%. O país, cuja população é de cerca de 334 milhões, tem agora à disposição 600 milhões de doses. Biden afirmou que as empresas estão acelerando os prazos de entrega e disse que as doses prometidas para até o fim de junho serão agora entregues até o fim de maio.

O presidente americano, Joe Biden, visita o Instituto Nacional de Saúde, em Bethesda, Maryland Foto: Oliver Contreras/EFE

A campanha de vacinação no país entrou em uma nova fase nesta quinta-feira, 11, com a participação de milhares de farmácias. O governo ordenou o envio de 1 milhão de doses para cerca de 6.500 drogarias e farmácias de supermercados em todo o país, e várias redes anunciaram que começariam a aplicar as primeiras injeções na sexta-feira.

A campanha de vacinação nos Estados Unidos, o país mais afetado pela pandemia, teve um início instável em dezembro, mas desde então melhorou: 44,8 milhões de vacinas foram administradas e pelo menos 33,7 milhões de pessoas receberam uma ou mais doses, aproximadamente 10% da população.

O programa de farmácias pode ser expandido para 40.000 estabelecimentos, enquanto o governo federal aumentou a produção de vacinas, abriu centros de vacinação em massa em estádios e iniciou um programa para alcançar comunidades vulneráveis.

O principal epidemiologista do governo americano, Anthony Fauci, afirmou nesta quinta-feira que "em abril" qualquer cidadão americano poderá receber a vacina contra a covid-19, graças à aceleração da produção e à melhora na distribuição.

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"Quando chegarmos a abril... será época de abertura, no sentido de que praticamente todos em qualquer categoria podem ser vacinados", explicou Fauci, em entrevista ao programa de televisão Today, da emissora NBC. Ele também apontou que a imunidade de rebanho poderia ser alcançada no "fim do verão" (no hemisfério norte).

Fauci reconheceu que um dos problemas é o "ceticismo" quanto à eficácia da vacina, por isso disse que é importante reafirmar sua segurança.

Os ex-presidentes Barack Obama, George W. Bush e Bill Clinton disseram que estão dispostos a ser vacinados contra a covid-19 perante às câmeras, em uma tentativa de promover confiança entre o público americano.

O governo espera que a aprovação de novas vacinas impulsione os números diários de vacinação e aguarda a liberação do imunizante da Johnson & Johnson, que tem 66% de eficácia na prevenção de doenças moderadas a graves, segundo estudo.

Os EUA são o país do mundo mais afetado pela pandemia, com mais de 27 milhões de casos e mais de 470 mil mortes, segundo dados da Universidade Johns Hopkins. /AFP e EFE

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