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Biden garante que há ‘frente unida’ com Scholz diante da crise na Ucrânia

Líderes se encontraram para discutir a preparação de um 'pacote robusto de sanções' que 'imporia um custo sério' em caso de invasão russa

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Por Redação
Atualização:

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assegurou nesta segunda-feira, 7, que há uma "frente unida" entre Estados Unidos e Alemanha na crise na Ucrânia. As declarações foram feitas em meio a visita do chanceler alemão, Olaf Scholz, à Casa Branca.

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A reunião desta segunda-feira foi a primeira entre Biden e o novo chanceler alemão, que enfrenta críticas de parceiros da Otan pela falta de um posicionamento claro sobre a Rússia.

"A Alemanha é um dos aliados mais próximos dos Estados Unidos. Estamos trabalhando como uma frente unida para dissuadir a Rússia de uma agressão na Europa", disse Biden em breves comentários à imprensa no início da reunião.

O presidente também acrescentou que trabalha com a Alemanha "para enfrentar os desafios apresentados pela China e promover a estabilidade nos Balcãs Ocidentais", bem como na resposta à pandemia e à crise climática.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assegurou nesta segunda-feira, 7, que há uma 'frente unida' entre Estados Unidos e Alemanha na crise na Ucrânia Foto: Alex Brandon/AP

Scholz concordou que Washington é um dos "aliados mais próximos" de Berlim e disse que conversaria com Biden sobre como "combater a agressão da Rússia contra a Ucrânia".

Segundo a Casa Branca, Biden e Scholz planejavam discutir a preparação de um "pacote robusto de sanções" que "imporia um custo sério se a Rússia invadir a Ucrânia".

Um dos tópicos da conversa seria o Nord Stream 2, que transporta gás natural russo através do Mar Báltico diretamente para a Europa Ocidental, sem passar pela Ucrânia, e cujo processo de certificação está bloqueado, o que o impede de funcionar.

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A posição dos EUA, enfatizou um alto funcionário americano em uma entrevista coletiva por telefone, é que se a Rússia invadir a Ucrânia "de uma forma ou de outra, o Nord Stream 2 não começará" a bombear gás.

Pouco antes de viajar para os Estados Unidos, no entanto, o chanceler alemão mais uma vez se recusou a fazer referência explícita a uma possível suspensão das licenças Nord Stream 2, embora tenha enfatizado que a punição potencial seria "ampla e muito dura".

A tensão disparou no mês passado após a Rússia mobilizar mais de 100 mil soldados na fronteira com a Ucrânia, o que levou governos ocidentais a temerem uma invasão.

Moscou repetiu em várias ocasiões que não quer uma guerra com Kiev e que não ameaça a Ucrânia, enquanto Washington alerta que os russos podem atacar o país vizinho "a qualquer momento". /EFE