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Bielo-russos darão novo mandato a Lukashenko

Por Agencia Estado
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Casas de madeira circundam uma poeirenta praça onde lojas oferecem pobres opções de bens domésticos e gêneros alimentícios, como salsichas esverdeadas e queijo velho. Carroças puxadas por cavalos passam por poucos carros estacionados. Esta aldeia de 5.560 habitantes localizada a 40 km de Minsk é típica do reinado governado pelo presidente da Bielo-Rússia, Alexander Lukashenko, um líder autoritário que oponentes chamam de o último ditador da Europa e que é conhecido pelos bielo-russos como Bat´ka, o Pai. Depois de governar esta empobrecida ex-república soviética de 10 milhões de habitantes nos últimos sete anos, o ex-gerente de fazenda coletiva e oficial da guarda fronteiriça formado em economia busca a reeleição, e seu destino será decidido na eleição deste domingo. Opositores condenam Lukashenko por reprimir adversários políticos e a mídia independente, impondo controles estatais sobre a economia e confrontando-se com o Ocidente, que o considera um pária. A aberta nostalgia de Lukashenko em relação à era soviética e seu ardoroso sonho de uma união completa com a vizinha Rússia são bem vistos em locais como Smilovichi, que abriga uma fábrica de couros, fazendas coletivas e duas faculdades de agronomia. "Estou com Bat´ka. Ele está pagando as aposentadorias em dia. Lembro quando ficávamos na fila no correio esperando as aposentadorias e éramos empurrados para fora", disse Raisa Kashutchik, uma ex-funcionária de uma panificadora.

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