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Bin Laden pedia novos atentados a integrantes da Al-Qaeda

Informações encontradas no diário do terrorista revelam planos de ataques nos EUA e na Europa

Atualização:

WASHINGTON - As autoridades americanas afirmaram nesta quarta-feira, 11, que o ex-líder da Al-Qaeda, Osama Bin Laden, pediu a seus seguidores que realizassem novos ataques contra os EUA enquanto esteve escondido no Paquistão. As informações estariam em um diário mantido pelo terrorista encontrado durante o ataque dos militares americanos a seu complexo, há dez dias.

 

 

Os documentos e arquivos de computador encontrados com Bin Laden revelam que o saudita participou até recentemente da organização de planos de ataque nos EUA e na Europa. No diário, ele pede que cidades menores sejam alvos de atentados, assim como aviões, trens e até cidadãos, de acordo com fontes que tiveram acesso à documentação e pediram anonimato.

 

Diferentemente do que os EUA pensavam, Bin Laden conseguia se comunicar com os integrantes da sua organização terrorista, a quem pedia mais ataques "não limitados" a Nova York, mas estendidos a Los Angeles e outras cidades.

 

Um dado mostra que o saudita fez contas de quantos americanos deveriam ser mortos para forçar Washington a retirar suas tropas do mundo árabe - o que só seria conseguido com um ataque tão mortal quanto os de 11 de setembro de 2001 na capital americana, em Nova York e na Pensilvânia. Nos atentados, mais de 3 mil pessoas morreram.

 

As comunicações de Bin Laden com os outros terroristas foram encontradas em dispositivos de armazenamento que, segundo os americanos, estavam junto aos computadores. Tais objetos eram levados à sua casa por mensageiros. A Inteligência americana conseguiu identificar o complexo do líder da Al-Qaeda depois de identificar um desses mensageiros.

 

As autoridades americanas ainda não encontraram indicações de que Bin Laden pudesse coordenar ataques dos integrantes da Al-Qaeda, e também não está claro o quanto as franquias da organização terrorista confiavam no saudita. Também não foram constatados planos de ataque em curso no material analisado.

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Bin Laden foi morto há mais de uma semana após uma operação de um grupo de agentes especiais da Marinha americana em Abbottabad, no norte do Paquistão. O terrorista era um dos homens mais procurados pelos EUA, que ofereciam uma recompensa de 25 milhões de dólares por informações que pudessem levar à sua captura.

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