PUBLICIDADE

Bird libera ao México US$ 205 milhões contra gripe suína

Por AE-AP-DOW JONES
Atualização:

Governos de todo o mundo esforçavam-se, hoje, para evitar tanto uma pandemia quanto uma histeria global com os casos de gripe suína, na medida em que novos casos apareciam do Canadá à Nova Zelândia e os Estados Unidos declararam emergência de saúde pública. "Não é hora de entrar em pânico", disse a Casa Branca. O Banco Mundial disse que vai enviar ao México US$ 25 milhões em empréstimos para ajuda imediata e US$ 180 milhões para ajuda de longo prazo para enfrentar a doença. O México, o epicentro da doença com 86 suspeitas de mortes, fechou igrejas, mercados e restaurantes. Poucas pessoas se aventuravam nas ruas e algumas usavam máscaras cirúrgicas. O Canadá tornou-se o terceiro país a confirmar casos da doenças com seis registros, dentre eles de alguns estudantes que, como os alunos em Nova York, ficaram moderadamente doentes no México. Países da Ásia prometeram colocar em quarentena viajantes, que tiverem febre ao retornar de áreas infectadas.Os Estados Unidos declararam emergência de saúde pública para poder enviar cerca de 12 milhões de doses de medicamentos contra gripe dos estoques federais para os estados, caso eles necessitem, embora com 20 casos confirmados de pessoas que se recuperam facilmente, esse não parece ser o caso. A gripe suína ainda não pode ser considerada uma pandemia global. Não se sabe quantas pessoas realmente foram infectadas por essa cepa específica do vírus ou por que em todos os países, exceto o México, os casos foram moderados. Também não se sabe se o vírus se espalha facilmente, um fator que distingue um surto de uma pandemia. "Nós achamos que ela vai continuar a se espalhar, mas estamos tomando medidas agressivas para minimizar o impacto sobre a saúde das pessoas", disse o doutor Richard Besser, chefe interino do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA.A administração do presidente Barack Obama procura equilibrar as informações divulgadas, sem deixar os norte-americanos em pânico. O próprio presidente estava jogando golfe enquanto funcionários usavam a Casa Branca para uma coletiva de imprensa para comparar a declaração de emergência com a aproximação de um furacão. "Na verdade é o que estamos fazendo agora. Estamos nos preparando para uma situação, mas não sabemos com certeza o tamanho e a seriedade que a doença vai alcançar", disse a secretária de Segurança Doméstica, Janet Napolitano.No México, soldados distribuíram 6 milhões de máscaras cirúrgicas na tentativa de conter a gripe, que pode ter deixado 1.400 pessoas doentes desde o dia 13 de abril. Testes de laboratório para confirmar quantas pessoas morreram - 22 óbitos foram confirmados dentre 86 suspeitos - levam algum tempo para ser concluídos. No mundo todo, a atenção é dirigida especialmente para os viajantes. O governo da Nova Zelândia informou que dez estudantes, que fizeram uma viagem escolar ao México, "podem" ter a gripe suína. Autoridades espanholas disseram que há sete casos suspeitos no país, que estão sob obervação. Uma escola de Nova York, onde oito casos foram confirmados, vai ficar fechada amanhã e na terça-feira.China, Rússia e Taiwan começaram a planejar a colocação em quarentena de pessoas que chegarem de áreas infectadas, caso elas apresentem sintomas da doença. Itália, Polônia e Venezuela aconselharam seus cidadãos a adiar suas viagens para partes afetadas do México e para os Estados Unidos, atitude também tomada pelo governo do Chile. A Argentina emitiu um alerta pedindo que as autoridades procurem, dentre passageiros que chegam ao país procedentes do México e dos Estados Unidos, se há pessoas com sintomas da doença. No Uruguai, o governo colocou o país em estado de alerta e anunciou que vai instalar postos de controle nos aeroportos. Os Estados Unidos não recomendaram que seus cidadãos adiem suas viagens para o México, mas pediram que eles tomem precauções, como lavar as mãos com frequência quando estiverem no país. O governo também começou a questionar passageiros que chegam do México sobre sintomas da gripe.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.