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Bispo aprovado por Roma desafia autoridades católicas chinesas

Wu Qinjing teria usado boné vermelho e anel ao aparecer perante os fiéis para a inauguração de uma nova cruz na catedral de Zhouzhi

Por Agencia Estado
Atualização:

O bispo Wu Qinjing, ordenado com a aprovação da Igreja Católica Apostólica Romana, mas sem a autorização da Igreja Católica Patriótica China, desafiou as autoridades ao se vestir com um boné vermelho e um anel, informou hoje o jornal South China Morning Post. O bispo Wu deu missa vestido como sacerdote, mas usava um boné vermelho e um anel quando apareceu perante os fiéis para a inauguração de uma nova cruz na catedral de Zhouzhi, no sábado. Wu foi ordenado bispo de Zhouzhi, na província de Shaanxi, pelo antigo bispo de Xian, Anthony Li Duan, no mês de outubro, mas a decisão não foi tornada pública até semana passada, pouco antes de Li Duan morrer de câncer. Embora a Igreja Católica Apostólica Romana e a Igreja Patriótica Católica China sejam, em teoria, totalmente independentes, diversos sacerdotes e prelados oficiais se mantêm fiéis ao Papa na clandestinidade, e pedem sua aprovação antes de assumir qualquer cargo na igreja comunista. O falecimento de Anthony Li representou um duro revés para os esforços dos católicos chineses fiéis ao Vaticano de conseguir uma reconciliação entre Roma e Pequim, já que ele era uma das poucas figuras amplamente reconhecidas e respeitadas pelas duas partes. Sua morte aconteceu pouco depois que a China ordenou três bispos sem a autorização papal, e o Vaticano ameaçou excomungá-los, embora pareça que finalmente as águas se acalmaram. O jornal também diz que vários candidatos a bispo para diocese em Hubei, Hebei e a Mongólia Interior estão preparados e poderiam ser ordenados nos próximos meses, mas não está claro se o Vaticano dará sua aprovação, algo que leva tempo.

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