Blair confirma que continuará no poder pelo menos até maio

Popularidade do premier, que conseguiu terceiro mandato em 2005, caiu devido à Guerra do Iraque; ministro da Economia, Gordon Brown, deve ser seu sucessor

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Por Agencia Estado
Atualização:

O primeiro-ministro do Reino Unido, o trabalhista Tony Blair, confirmou neste domingo que continuará à frente do governo pelo menos até as eleições autônomas de 3 de maio em Gales e na Escócia, e ressaltou que quer "terminar o que começou". "Continuarei com meu trabalho. Neste momento, tenho coisas por fazer", afirmou Blair ao programa "Politics Show", da rede pública britânica BBC. O chefe do Executivo ressaltou seu desejo de permanecer no poder até maio, mas se recusou a especificar quando apresentará sua renúncia. "A coisa mais importante é garantir que, durante o tempo que me resta, tenhamos um programa sólido e vigoroso que possamos impulsionar", indicou o líder trabalhista. Entre os temas em que gostaria de avançar antes de deixar o governo, Blair destacou o processo de paz na Irlanda do Norte. "As próximas semanas serão tão importantes como a negociação do Acordo da Sexta-Feira Santa (acordo de paz entre os partidos católicos e protestantes da Irlanda do Norte, firmado em 1998, e uma de suas grandes conquistas políticas)", assinalou o primeiro-ministro. "Determinaremos (nas próximas semanas) se temos uma base para o futuro da Irlanda do Norte que nos permita ter um poder compartilhado entre unionistas, republicanos e nacionalistas sobre uma base sólida pela primeira vez", disse. Questionado sobre o Iraque e sobre se a situação melhorará no país árabe antes de deixar o governo, o líder trabalhista respondeu: "Não acho que ninguém pudesse prever com precisão o que ia ocorrer no Iraque". Blair, cuja popularidade pesquisas caiu devido à Guerra do Iraque, entre outros fatores, anunciou em 2005, após conseguir um histórico terceiro mandato para o Trabalhismo, que não se apresentaria às próximas eleições gerais, previstas para 2009 ou 2010. Espera-se que Blair seja substituído na chefia do governo pelo influente ministro da Economia, Gordon Brown, considerado seu sucessor natural.

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