Blair diz que pouco pode fazer para salvar refém britânico

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Por Agencia Estado
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O primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Tony Blair, disse neste sábado que seu governo pouco pode fazer para salvar a vida do engenheiro Kenneth Bigley, de 62 anos, refém de um grupo radical islâmico no Iraque. Ele aconselhou os britânicos a não "alimentarem falsas esperanças" quanto a um desfecho favorável do episódio. Os seqüestradores ameaçam degolar Bigley, como fizeram com os americanos Eugene Armostrong e Jack Hensley, se os Estados Unidos não libertarem todas as mulheres iraquianas que mantêm detidas. Bigley - que ainda está vivo, segundo Yasser al-Serri, diretor do Centro de Observação Islâmico da Grã-Bretanha - dirigiu na semana passada dramático apelo a Blair para que salve sua vida. "Não sei se teremos condições", acrescentou Blair em entrevista à BBC, assegurando que seu governo já fez tudo a seu alcance para libertar o engenheiro. Depois da entrevista, Blair e a mulher dele, Cherie, foram rezar pelo refém britânico numa igreja da cidade de Brighton (sul da Inglaterra), onde o Partido Trabalhista iniciou hoje seu congresso nacional com prestígio em queda livre por causa da guerra. Segundo pesquisa divulgada pelo jornal The Independent, os trabalhistas passaram de primeira para terceira força política do país, atrás de conservadores e liberais. Enquanto Blair parece ter lavado as mãos, personalidades do mundo islâmico esforçam-se para salvar o refém. Liderados por religiosos egípcios, um grupo de expressivo de clérigos, entre os quais Daud Abdullah e Musharraf Hussein, do Conselho Muçulmano Britânico, está em Bagdá tentando entrar em contato com os seqüestradores. O astro britânico da música pop Cat Stevens, que se converteu ao islamismo e adotou o nome de Yusuf Islam, também pediu ao grupo radical que poupe a vida do engenheiro.

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