Blair e Annan propõem envio de tropas internacionais ao Líbano

Proposta visa criar uma zona de segurança entre o sul do Líbano e o norte de Israel para evitar ataques do Hezbollah contra o Estado Judeu

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Por Agencia Estado
Atualização:

Líderes mundiais pediram nesta segunda-feira o envio de forças militares internacionais ao sul Líbano para barrar as investidas da guerrilha Hezbollah contra Israel. A União Européia já considera o envio de tropas para a região. "A verdade é que essa escalada de violência não vai parar a não ser que criemos condições para que ela pare", disse o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, após uma reunião com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, ao final do encontro do Grupo dos Oito em São Petersburgo. "E a única maneira seria enviarmos uma força internacional que consiga impedir o lançamento de mísseiS contra Israel", continuou Blair, referindo-se a colocação de tropas entre o sul do Líbano e o norte de Israel com o objetivo de criar uma zona tampão contra os ataques com foguetes que atingem cidades israelenses do norte e centro do país. Mas, para que isso aconteça, destacou Blair, é necessário que haja um cessar-fogo por parte de Israel. "A força não poderá operar em uma situação em que as hostilidades continuam", disse o premier. Rússia, Alemanha e Itália, por sua vez, mantiveram cautela ao comentar a proposta. Segundo o presidente russo, Vladmir Putin, Moscou só decidirá sobre o envio de soldados depois que o Conselho de Segurança da ONU endossar a proposta. A chanceler alemã, Angela Merkel, disse que o envio de tropas não está na agenda do governo, enquanto premier italiano, Romano Prodi, afirmou que o país está pronto para contribuir com o envio de uma força internacional se houver um mandato do Conselho de Segurança.

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