PUBLICIDADE

Blair justifica intervenção no Iraque e no Afeganistão

Para o premier britânico, a atuação militar nestes países é "correta"

Por Agencia Estado
Atualização:

O primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, lamentou neste domingo a morte de dois soldados britânicos no choque de dois helicópteros de seu país no norte de Bagdá, mas insistiu em que a intervenção no Iraque e no Afeganistão se "justifica" e é "correta". "Para as famílias, esse é sempre um momento terrível, um momento de grande dor e angústia", disse Blair em entrevista no programa Politics Show, da rede pública britânica BBC. "Mas o que nossas tropas estão fazendo no Iraque e no Afeganistão é lutar contra as mesmas forças de terrorismo e extremismo que estão operando hoje no mundo todo", acrescentou. Segundo ele, a população "entenderá com o tempo" por que é importante que o Reino Unido lute contra essas pessoas "onde quer que estejam". O primeiro-ministro reconheceu que o Reino Unido manteve no Iraque, no Afeganistão, em Kosovo e em Serra Leoa "uma política externa enormemente intervencionista" e diferente da desenvolvida anteriormente. Redução O Ministério da Defesa do Reino Unido abriu uma investigação para esclarecer o acidente com os helicópteros no Iraque. Segundo os primeiros relatórios, a causa não foi um ataque dos insurgentes. Inicialmente, o comando militar dos EUA tinha informado que os helicópteros eram americanos, bem como os dois soldados mortos, e que cinco tinham ficado feridos. Com as mortes, sobe para 142 o número de soldados britânicos mortos no Iraque desde o começo da invasão liderada pelos EUA, no início de março de 2003. O Reino Unido tem cerca de 7.100 militares no Iraque, a maioria na província de Basra, mas o contingente vai ser reduzido para menos de 5 mil soldados antes do fim do ano.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.