Blair reafirma compromisso com paz no Oriente Médio

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Por Agencia Estado
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Trabalhar pela retomada do processo de paz israelense-palestino é um objetivo crucial e, ao fazê-lo, a Grã-Bretanha tem de enfatizar que não existem dois pesos e duas medidas para aqueles que violam resoluções da ONU, afirmou hoje o primeiro-ministro Tony Blair. Ele explicou que o interesse da Grã-Bretanha em desarmar o conflito no Oriente Médio não advém de um desejo de acalmar a situação antes de confrontar o Iraque por causa de suas armas de destruição em massa. "Não deveríamos estar promovendo o processo de paz no Oriente Médio por causa dos problemas com o Iraque. Deveríamos fazê-lo porque é o correto", disse. "Entretanto, é importante enfatizar nosso comprometimento em fazer isso para acalmar o medo, ou afirmações de que ele existe, de que usamos dois pesos e duas medidas", afirmou. Grã-Bretanha e Estados Unidos estão dispostos a usar a força militar contra o Iraque alegando que Bagdá não cumpre resoluções da ONU. Várias resoluções da ONU, entretanto, exigem que Israel deixe os territórios palestinos da Cisjordânia e Faixa de Gaza, mas o Estado judeu se nega a acatá-las. "O que temos de fazer é encontrar uma forma através do processo de paz no Oriente Médio para trazer paz para Israel e para os palestinos baseada na solução de dois Estados", defendeu Blair numa entrevista coletiva em Blackpoll, onde seu governista Partido Trabalhista realiza sua convenção anual. "Mesmo que o Iraque não fosse um problema, mesmo se o Afeganistão nunca houvesse sido um problema, eu ainda estaria trabalhando duro como estou para conseguir uma solução pacífica para o conflito, porque ele é absolutamente trágico e aterrorizador no momento, o sofrimento das pessoas é muito, muito grande, na verdade, e a única forma de superá-lo é reiniciando o processo de paz". Blair disse que o presidente dos EUA, George W. Bush, estabeleceu os princípios corretos para a paz no Oriente Médio e estava levando-os à frente - reforma política no lado palestino e o objetivo de um viável Estado palestino, e um Estado israelense seguro. "O ponto vital agora é deixar claro que estamos colocando energia e esforço e trabalhando na proposta", adiantou.

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