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Blair sofre revés e conservadores avançam

O primeiro-ministro respondeu à derrota com uma reforma de seu Gabinete

Por Agencia Estado
Atualização:

O trabalhismo de Tony Blair sofreu um duro golpe nas eleições de quinta-feira na Inglaterra, perdendo mais de 200 cadeiras em câmaras municipais, enquanto os conservadores obtiveram seus melhores resultados desde 1992. Com a apuração encerrada em 163 dos 176 municípios onde houve votação, o trabalhismo perdeu 238 vereadores (agora tem 1.035) e o controle de 18 prefeituras, das 42 anteriores. Os tories, comandados por seu novo líder, David Cameron, elegeram 250 vereadores (têm 1.546) e 12 prefeituras, subindo para 67. O Partido Liberal-Democrata não obteve bons resultados como se esperava. Só ganhou dois vereadores (tem 754) e uma prefeitura, chegando a 13. No total, 4.361 vereadores foram eleitos. A surpresa foi o Partido Nacional Britânico (BNP), de extrema direita, que elegeu mais 13 vereadores, 11 deles em Barking, no leste de Londres. Os verdes ganharam 14 vereadores e agora têm 20. Os trabalhistas perderam o controle de prefeituras em redutos tradicionais, como na Grande Manchester (norte da Inglaterra) e em Camden Town (em Londres). Escândalos em série Nas últimas duas semanas, o governo Blair enfrentou uma crise com fortes críticas a três de seus ministros: o de Interior, Charles Clarke; o vice-primeiro-ministro, John Prescott, e a de Saúde, Patricia Hewitt. A oposição conservadora pediu a demissão de Clarke devido à revelação de que mais de mil delinqüentes estrangeiros foram postos em liberdade ao fim de suas penas, entre 1999 e março deste ano, sem estudos para sua deportação. Prescott foi personagem das manchetes quando sua ex-secretária Tracey Temple, com quem teve um relacionamento, acusou-o de abuso de poder, por utilizar seu escritório e carros oficiais para seus encontros pessoais. E Hewitt foi criticada pela crise financeira no Serviço Nacional de Saúde.

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