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Blix apontará falhas na cooperação, mas sem acusações

Por Agencia Estado
Atualização:

O chefe dos inspetores de armas das Nações Unidas, Hans Blix, fará a apresentação do segundo relatório sobre os trabalhos de sua equipe no Iraque a partir das 13h15 (de Brasília), diante dos membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Ele deve dizer que não está impressionado com a cooperação de Bagdá e ao mesmo tempo evitar acusar o país de total não-cooperação, diz o The Washington Post. A expectativa é que o relatório não traga uma opinião definitiva sobre o comportamento de Bagdá, já que, de acordo com a CNN, Blix está sendo pressionado, de um lado, pelos EUA e Grã-Bretanha e, de outro, pelos países que não querem a guerra. A CNN diz que a Casa Branca pediu a Blix que concentre-se aos fatos, enquanto outros membros do Conselho de Segurança querem que o chefe dos inspetores ofereça expectativa de sucesso se as inspeções prosseguirem. Autoridades da ONU disseram ao Post que Blix ainda está indeciso sobre a utilização de sua autoridade para ordenar ao Iraque a destruição dos mísseis de al-Samoud 2, de alcance superior ao permitido pelas Nações Unidas, ou apenas apresentará a violação em seu relatório, deixando ao Conselho a decisão sobre o que fazer. Especialistas disseram que, de qualquer maneira, Blix provavelmente terá de dar alguma explicação sobre os mísseis durante a sessão de perguntas e respostas que se seguirá a sua exposição. As autoridades da ONU afirmaram ainda que Blix pretende apoiar a idéia de estabelecer uma comissão de inquérito iraquiana para buscar documentos que podem confirmar que as armas biológicas e químicas foram destruídas, assim como os laboratórios, diz o Post. Ele indicará ainda que Bagdá conseguiu algum progresso em agendar algumas entrevistas com os cientistas e técnicos de armas, mas apontará que apenas três, de uma série de entrevistas, ocorreram até o momento sem a presença do governo iraquiano. Segundo o Post, Blix observará que o Iraque ainda não concordou, incondicionalmente, com a utilização dos aviões de vigilância U-2 e que os documentos apresentados pelo Iraque ofereceram pouca informação pertinente.

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