Boatos levam força internacional a erguer barreiras nas estradas do Timor

Têm se repetido insistentemente boatos sobre uma manifestação em massa em Díli, a capital, para exigir a renúncia do premier Mari Alkatiri

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Por Agencia Estado
Atualização:

Boatos de que milhares de manifestantes iriam a Díli, capital do Timor Leste, para exigir a renúncia do primeiro-ministro, Mari Alkatiri, levaram tropas da Austrália e da Malásia a montar, por precaução, controles em várias estradas do país. As forças malaias estabeleceram os controles nas entradas ocidentais, por onde 50 caminhões carregados de manifestantes estariam se dirigindo à capital. As tropas australianas controlam a estrada próxima ao aeroporto. Os boatos sobre uma manifestação em massa têm se repetido insistentemente nos últimos dias. Em Díli aconteceram pilhagens e incêndios, porém em menor número que nas semanas anteriores. O Parlamento do Timor Leste, que se reuniu na segunda-feira pela primeira vez desde o início da onda de violência no fim de abril, aprovou medidas de emergência anunciadas pelo presidente, Xanana Gusmão. Vitória de Gusmão Os 50 parlamentares reunidos no Parlamento se pronunciaram a favor do estado de emergência decretado em maio por Gusmão, que dá a ele pleno controle sobre as forças de segurança do Estado e permite que declare estado de sítio, caso seja necessário. A medida entrou em vigor em 31 de maio e pode ser prorrogada de acordo com a evolução do conflito. O Parlamento timorense é dominado pelo Fretilin, o histórico partido da luta pela independência, com 55 cadeiras, enquanto o restante do Legislativo se divide entre vários partidos de oposição. O resultado da votação é uma vitória de Gusmão, pois garantea ele ascendência sobre o primeiro-ministro, Mari Alkatiri, presidente do Fretilin, apontado como responsável pela atual crise na ex-colônia portuguesa.

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