14 de novembro de 2016 | 18h51
BOGOTÁ - O governo da Colômbia publicou nesta segunda-feira, 14, o acordo de paz revisado com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) na tentativa de obter apoio para encerrar uma guerra de 52 anos, uma vez que a versão original foi rejeitada em um plebiscito no mês passado após críticas de que ele favorecia muito os rebeldes.
A publicação do documento na íntegra foi uma mudança pedida pela guerrilha. O governo inicialmente publicaria apenas trechos do novo pacto. O documento ampliado e altamente técnico de 310 páginas faz algumas modificações no texto inicial, como esclarecer os direitos à propriedade privada e detalhar como os guerrilheiros serão confinados em áreas rurais por crimes durante a guerra.
Bogotá e as Farc, que negociam em Havana há mais de quatro anos, disseram que o novo documento incorporou propostas da oposição, de líderes religiosos e políticos, para pôr fim ao conflito que matou mais de 220 mil pessoas e deslocou milhões.
Mudanças substanciais, como impor penas de prisão para líderes das Farc e lhes barrar o exercício de cargos públicos, não foram incluídas – o que deve irritar o senador e ex-presidente colombiano Álvaro Uribe, que liderou a oposição ao pacto original.
No dia em que o novo acordo foi fechado, Uribe pediu ao presidente Juan Manuel Santos que submetesse o novo texto aos porta-vozes do ‘não’ ao pacto original antes de buscar o respaldo da população.
Santos, que recebeu o Nobel da Paz por seu empenho em acabar com a guerra, espera unir a nação com o novo acordo depois de o processo de paz ser ameaçado por sua rejeição na consutla popular de 2 de outubro. / REUTERS
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