
30 de novembro de 2015 | 19h58
O coordenador residente da ONU em Camarões, Najat Rochdi, afirmou que a estratégia do grupo é demonstrar o seu poder via atentados suicidas a bomba quase que diários, quase sempre com mulheres jovens, enquanto tenta ganhar território.
A ofensiva do grupo está quebrando a economia de Camarões e destruindo uma sociedade frágil, influenciando especialmente os jovens.
"Boko Haram está lhes dando um sentido, porque estão convencendo que é um sacrifício por algo melhor. Então, temos que mostrar que eles não precisam morrer para ter uma vida melhor", declarou Rochdi à Reuters.
Há uma chance para fazer isso em Camarões porque os recrutas do Boko Haram são levados por pobreza e marginalização.
"Se fosse jihadismo, todos sabemos, seria muito difícil competir com Deus. Mas uma vez que é somente ter voz e direitos e oportunidades econômicas e fé num futuro, isso é algo que sabemos como fazer."
O Boko Haram declarou lealdade ao Estado Islâmico em março e aumentou sua campanha de ataques suicidas, mais do que triplicando o número de deslocados em Camarões para 158.000.
(Reportagem de Tom Miles)
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