Governo da Nigéria diz que 105 estudantes sequestradas pelo Boko Haram foram libertadas

Algumas das meninas afirmaram que cinco morreram em cativeiro e uma ainda está sendo mantida refém

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Por Redação
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LAGOS - Pelo menos 105 das 110 estudantes sequestradas no dia 19 de fevereiro pelo grupo islamista Boko Haram em Dapchi, norte da Nigéria, foram libertadas pelos criminosos, informou o governo nigeriano.

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Segundo os habitantes da pequena região do Estado de Yobe, as estudantes "não estavam acompanhadas por nenhuma força de segurança" Foto: AP Photo/Jossy Ola

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"Os esforços do presidente Muhamadu Buhari, apoiados pelos serviços de segurança, para trazer as jovens sequestradas em Dapchi surtiram efeito", afirma um comunicado do Ministério da Informação, que cita 76 estudantes libertadas até o momento.

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Algumas das garotas disseram que cinco morreram em cativeiro e uma está sendo mantida refém. “Cinco entre nós, sequestradas, estão mortas. Uma ainda está com eles porque é cristã”, disse Khadija Grema, uma das estudantes libertadas.

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Muhammad Bursari disse que sua sobrinha Hadiza Muhammed, também libertada, contou que uma menina ainda está sendo mantida em cativeiro porque se recusou a se converter ao islamismo.

Segundo os habitantes da pequena região do Estado de Yobe, as estudantes "não estavam acompanhadas por nenhuma força de segurança". "Seus sequestradores as deixaram e foram embora, sem falar com ninguém", relatou Bashir Manzo, que dirige uma associação de ajuda a pais de jovens sequestradas.

Homens que pertenceriam ao Boko Haram, movimento islamista afiliado ao grupo Estado Islâmico (EI), atacaram no dia 19 de fevereiro um internato da escola para meninas de Dapchi e levaram 110 delas, com idades entre 10 e 18 anos.

O ataque aconteceu em circunstâncias quase idênticas ao sequestro de Chibok, em abril de 2014, quando mais de 200 estudantes foram sequestradas, provocando grande comoção em todo o mundo. Mais de 100 delas conseguiram fugir ou foram libertadas ao fim de negociações com o governo nigeriano. / AFP e REUTERS

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