Bolsonaro na Rússia: o que é o monumento do soldado comunista visitado pelo presidente

Como primeiro compromisso oficial, o presidente Jair Bolsonaro visitou o 'túmulo do soldado desconhecido'; diferente do que circula nas redes sociais, não se trata do túmulo de Lenin, líder comunista da União Soviética

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Por Redação
Atualização:

Em seu primeiro compromisso na viagem oficial à Rússia, o presidente Jair Bolsonaro visitou o “túmulo do soldado desconhecido”, um monumento em homenagem aos soldados do exército russo mortos durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Ao contrário do que circula em alguns perfis nas redes sociais, não se trata do jazigo do líder comunista Lenin, mas de uma espécie de sepulcro presente em diversos países que já participaram de algum confronto, como os Estados Unidos e a Inglaterra

O monumento do soldado desconhecido é uma obra simbólica em memória de todos os soldados que morreram em guerras e não tiveram seus corpos identificados. Na Rússia, lembra o embate do então exército da comunista União Soviética contra os nazistas. O túmulo fica nos Jardins de Alexandre, em frente ao hotel Four Seasons, onde o presidente está hospedado em Moscou, próximo ao Kremlin e à Praça Vermelha.

Na Rússia, Bolsonaro fez entrega de flores no monumento conhecido como “túmulo do soldado desconhecido”, erguido em nome de militaressem identificação mortosdurante o confronto com os nazistas na Segunda Guerra Mundial Foto: Eduardo Gayer/Estadão-16/02/2022

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Nos Estados Unidos, a homenagem fica no cemitério de Arlington, considerado nobre por abrigar o sepulcro de personagens célebres da história americana, como o ex-presidente John F. Kennedy. É tradição no país que o presidente eleito, em sinal de respeito, visite o monumento, como fez Joe Biden em sua posse. 

Na França, o túmulo do soldado desconhecido foi construído em 1921, antes mesmo da Segunda Guerra, embaixo do Arco do Triunfo. Em Portugal, a homenagem leva o nome de Templo da Pátria e está no Mosteiro de Santa Maria. Na Inglaterra, a obra fica na Abadia de Westminster, em Londres.

No Brasil, o Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial homenageia os soldados brasileiros que morreram no confronto. Os corpos dos combatentes foram exumados e trazidos ao País em 1960. As urnas sem identificação passaram a simbolizar o “soldado desconhecido” após solenidade com o presidente da República daquela ocasião, Juscelino Kubitschek.

Na Índia, os soldados mortos em batalha são lembrados por uma chama acesa permanentemente e que é conhecida como “a chama do soldado imortal”. Na América do Sul, um equivalente ao túmulo do soldado desconhecido fica na Argentina, onde uma urna cinerária contém os restos de combatentes do embate que culminou na independência do país, o Combate de San Lorenzo.

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