
18 de novembro de 2015 | 10h08
MOSCOU - A bomba que matou os 224 ocupantes do Airbus A-321 de uma companhia russa no Egito foi colocada pelos terroristas embaixo de um dos assentos de passageiros do avião, segundo reportagem do jornal russo Kommersant publicada nesta quarta-feira, 18, citando uma fonte não identificada.
A explosão, segundo os especialistas do Serviço Federal de Segurança (FSB), a antiga KGB, aconteceu na cabine do avião e não nos compartimentos de carga, como se acreditava a princípio. A explosão foi detectada na parte traseira do Airbus acidentado e a bomba pode ter sido colocada embaixo de um dos assentos junto às janelas da aeronave.
"De acordo com uma versão preliminar, a bomba pode ter sido colocada debaixo do assento de passageiro na janela. A operação levou à destruição e despressurização da cabine, que teve uma caráter explosivo", afirmou o jornal.
Os especialistas que estão investigando o atentado, segundo a fonte citada pelo jornal, acreditam que a bomba foi colocada no avião por algum funcionário do aeroporto egípcio de Sharm el-Sheikh.
A versão inicial da tragédia obrigou as companhias aéreas a transportar separadamente os turistas que ainda permaneciam na cidade turística do Egito e suas bagagens, algo que não teria surtido efeito para evitar um atentado, se a informação divulgada pelo Kommersant for confirmada.
Mais de duas semanas depois do pior acidente aéreo da história da Rússia, Moscou admitiu na terça-feira que a catástrofe do Airbus da companhia MetroJet foi um atentado terrorista, uma tese que era defendida desde o princípio pelos serviços de segurança e inteligência de Grã-Bretanha e Estados Unidos.
Após isso, Putin afirmou que a Rússia vai encontrar e punir os culpados pela explosão da aeronave sobre o deserto do Sinai, 23 minutos após a decolar da cidade turística de Sharm el-Sheikh com destino a São Petersburgo.
Poucas horas depois do anúncio, a Rússia lançou um ataque em massa com bombardeios estratégicos e mísseis de cruzeiro contra posições do Estado Islâmico na Síria. / EFE e REUTERS
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