
30 de agosto de 2017 | 11h50
A coalizão antiextremista liderada pelos Estados Unidos na Síria lançou um bombardeio aéreo para impedir que um comboio de combatentes do grupo Estado Islâmico (EI), que havia deixado o Líbano, chegasse ao leste da Síria, perto da fronteira com o Iraque.
"Para impedir que o comboio seguisse mais ao leste, criamos uma cratera e destruímos uma pequena ponte", afirmou o coronel Ryan Dillon, porta-voz da coalizão.
No fim de semana, os combatentes do EI foram expulsos da fronteira entre Síria e Líbano após um acordo com o Hezbollah libanês, que prometeu que eles seriam levados de ônibus para a cidade de Bukamal, em Deir Ezzor, a última fronteira síria sob controle dos "jihadistas".
"O EI é uma ameaça mundial, deslocar terroristas de um local a outro (...) não é uma solução duradoura", alegou o coronel Dillon. "A coalizão vigia a movimentação do comboio em tempo real. Segundo as leis que regem os conflitos armados, a coalizão atuará contra o EI no momento e no local em que for possível."
O acordo sobre a retirada dos extremistas do Líbano provocou indignação no Iraque e críticas dos Estados Unidos. "Os terroristas do EI devem ser mortos no campo de batalha, e não (retirados) de ônibus através da Síria, até a fronteira iraquiana sem o consentimento do Iraque", afirmou o enviado do governo americano para a coalizão anti-EI, Brett McGurk.
O acordo foi negociado entre o grupo EI e o Hezbollah, grande inimigo dos Estados Unidos, que classificam a organização como "terrorista". / AFP
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