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Bombardeio da coalizão internacional mata líder do EI ligado aos ataques em Paris

Entre os 10 jihadistas mortos no mês passado, um deles era um francês que teria relação com o mentor dos atentados na França

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Por Redação
Atualização:

WASHINGTON - A coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos na Síria e no Iraque matou 10 líderes do Estado Islâmico (EI) no mês passado com ataques direcionados – entre os mortos, estão homens ligados aos atentados cometidos em Paris em novembro, disse nesta terça-feira, 29, um porta-voz militar da aliança. 

"Ao longo do último mês, matamos 10 líderes do EI com ataques aéreos direcionados, incluindo vários planejadores de ataques externos, alguns dos quais estão ligados aos atentados de Paris", declarou Steve Warren, coronel do Exército dos EUA e porta-voz da campanha militar encabeçada pelos americanos contra o grupo extremista. "Outros (jihadistas) tinham planos de continuar atacando o Ocidente", acrescentou.

Imagem sem data informada mostra o integrante do EICharafe al-Mouadan, morto em um ataque da coalizão internacional Foto: AFP

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O francês Charafe al-Mouadan, um combatente do EI "diretamente ligado" ao jihadista belga Abdelhamid Abaaoud, mentor dos atentados de Paris, foi morto na Síria, informou Warren. Ele seria amigo de um dos terroristas que atacaram a casa de shows Bataclan, Samy Amimour, e teria partido para a Síria em agosto de 2013, quando foi indiciado na França.

Mouadan, que foi morto em 24 de dezembro, nasceu em 1989 no nordeste de Paris. Seus pais são marroquinos.

Em Drancy, não muito longe de Paris, Mouadan passou sua juventude e foi preso em outubro de 2012, quando se preparava para partir com dois amigos do bairro (Samy Amimour e Samir Bouabout) para o Iêmen ou para o Afeganistão.

O trio se radicalizou pela internet e Mouadan teve aulas de tiro esportivo em um clube em Paris, segundo uma fonte próxima às investigações.

O jihadista se equipou com equipamento paramilitar e fez um empréstimo de 20 mil euros, de acordo com a fonte.

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Entre os 10 líderes do EI mortos estava também Abdul Qader Hakim, que facilitou as operações externas dos militantes e tinha laços com a rede que cometeu os atentados na capital francesa. Ele foi morto na cidade de Mossul, no norte do Iraque, no dia 26.

Resultados. O efeito dos ataques aéreos contra o EI pode ser medido pelos êxitos recentes nas frentes de batalha, declarou Warren. Nesta semana, o Exército iraquiano obteve sua primeira vitória contra os militantes sunitas extremistas recapturando a cidade de Ramadi, tomada pelo EI em maio.

“Parte desses sucessos pode ser atribuída ao fato de que a organização está perdendo sua liderança”, disse Warren. /AFP e REUTERS 

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