
20 de junho de 2011 | 09h12
ARGEL - Pelo menos 15 pessoas morreram e várias ficaram feridas nesta segunda-feira, 20, devido a bombardeios da Otan na região líbia de Surman, a 70 km a oeste de Trípoli, segundo a televisão oficial líbia.
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A emissora, que cita o porta-voz do governo, Moussa Ibrahim, informou que os bombardeios ocorreram no início da manhã em Surman, e que entre os mortos estão pelo menos três crianças.
Após qualificar o ataque da Otan como um ato "terrorista e covarde", Ibrahim afirmou que as bombas caíram na residência de um antigo companheiro de armas do líder líbio, Muamar Kadafi, e nos arredores.
A Otan assegurou não ter realizado nesta segunda-feira nenhuma operação sobre a cidade de Surman.
Nesta manhã, a agência líbia "Jana" anunciou que quatro pessoas tinham morrido e outras dez ficado feridas em outros bombardeios efetuados na noite de domingo em Sebha, no sul do país.
Engano
No domingo, o governo líbio acusou a Otan de ter matado nove pessoas, incluindo duas crianças, e ferido 20 nos bombardeios efetuados em um bairro da periferia de Trípoli.
Algumas horas mais tarde, a Otan reconheceu que o mal funcionamento de um projétil poderia ter causado a morte de pelo menos cinco civis durante um ataque aéreo sobre a capital.
Previamente, a Otan admitiu que bombardeou por engano um comboio de rebeldes perto de Brega, porto petrolífero ao leste da capital, causando a morte de seis insurgentes.
Baixas rebeldes
Pelo menos 18 rebeldes líbios morreram e outros 40 ficaram feridos nos bombardeios e em uma emboscada das forças leais a Kadafi nas últimas horas em Misrata, ao leste da capital líbia, anunciaram as emissoras de televisão árabes.
No total, oito rebeldes morreram nos bombardeios em vários pontos da cidade, principalmente na região industrial e portuária.
Além disso, cerca de 40 insurgentes ficaram feridos nestes ataques, acrescentaram as fontes, que informaram ainda que foram utilizados mísseis Grad e artilharia pesada.
Outros dez rebeldes morreram em uma emboscada das forças leais ao regime ao oeste de Misrata, segundo a rede de televisão "Al-Jazira", que não deu mais detalhes.
O reatamento dos ataques em Misrata coincide com uma mensagem de áudio de Kadafi divulgada na sexta-feira passada pela televisão pública, na qual ele assegurava que ficará na Líbia "até a sua morte".
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