
29 de novembro de 2011 | 19h47
A praça - que foi o epicentro dos protestos que derrubaram Mubarak, em fevereiro - atualmente concentra manifestantes que exigem o fim imediato do regime militar e a implantação de um governo civil.
Mohammed al-Saeed, porta-voz de um dos grupos que organizam o protesto, disse à TV estatal que jovens sem identificação haviam tentado entrar na praça, mas se depararam com comitês de segurança compostos por voluntários, que têm a missão de "proteger as pessoas e famílias" no local.
Não ficou claro quem atirou as bombas incendiárias e qual era a sua motivação, mas a TV estatal disse que o confronto envolveu camelôs.
Vendedores ambulantes já haviam se envolvido em uma confusão horas antes na praça, obrigando os paramédicos de plantão a intervir. Alguns envolvidos na briga agitavam pedaços de paus, e as barracas de alguns camelôs foram danificadas.
O atual protesto na praça Tahrir já dura 11 dias, no período mais volátil para o Egito desde a queda de Mubarak. Pelo menos 42 pessoas já morreram.
Os manifestantes acusam a junta militar que substituiu Mubarak de tentar manipular o processo político a fim de preservar seu poder e seus privilégios. Os generais prometem transferir o poder a um presidente eleito em meados de 2012.
A TV mostrou várias bombas caseiras voando sobre a praça, iluminando o céu noturno e explodindo ao cair na rua adjacente ao Museu Egípcio, perto do acampamento dos manifestantes. Não há relatos imediatos sobre feridos, e outros detalhes sobre o incidente ainda não estavam disponíveis.
(Reportagem de Reuters TV, Dina Zayed, Ali Abdelatti e Peter Millership)
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