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Bombas matam pelo menos 21 em bairro xiita de Bagdá

Por AE
Atualização:

Um duplo atentado à bomba num bairro elegante da capital iraquiana nesta terça-feira matou pelo menos 21 pessoas. As sangrentas explosões foram realizadas no mesmo dia em que o governo iraquiano discute questões de segurança com o Irã, fato que demonstra a crescente influência no cotidiano iraquiano. Dois carros estacionados no distrito comercial de Karradah, majoritariamente xiita, explodiram durante o horário de pico vespertino. A maioria dos mortos eram donos e lojas e pessoas que passavam pelo local, embora as explosões tenham atingido também duas delegacias de política e um posto de verificação de segurança, matando seis policiais. O ataque elevou o número de mortos em tiroteios e explosões de bombas para 245 em julho, perto das 255 vítimas fatais registradas em janeiro. A Al-Qaeda assumiu a responsabilidade por quase todos os ataques realizados em julho e tenta se aproveitar da instabilidade política no Iraque. O grupo voltou a ocupar áreas das quais fora expulso anteriormente, antes dos militares deixarem o Iraque, em dezembro. Forças de segurança e autoridades do governo são os principais alvos dos insurgentes, que querem provar que o país continua inseguro. A segunda bomba desta terça-feira explodiu do lado de fora de um escritório de concessão de passaportes, a poucos quarteirões da sede da unidade de criminal do Ministério do Interior. Quinze pessoas morreram e 35 ficaram feridas, informaram autoridades. Segundo a polícia, dois suicidas e um homem armado invadiram a unidade, que também cuida de casos de contraterrorismo, mas foram mortos antes que pudessem iniciar o ataque. O Ministério do Interior disse em comunicado que os três tinham como objetivo libertar suspeitos de terrorismo mantidos no local. Cinco minutos antes, a primeira bomba explodiu do lado de fora de um restaurante num movimentado cruzamento, perto de uma delegacia de polícia e de um posto de verificação. Seis pessoas morreram e 21 ficaram feridas. As informações são da Associated Press.

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