Bombas que não haviam detonado matam seis no Líbano

Trabalhos para desarmar os explosivos continua intensamente no sul do país

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Por Agencia Estado
Atualização:

Pelo menos seis pessoas morreram e dezenas ficaram feridas na semana transcorrida desde a entrada em vigor do cessar-fogo por causa da detonação de bombas de fragmentação, granadas ou projéteis que ficaram espalhados sem explodir em todo o sul do Líbano, disseram nesta segunda-feira fontes hospitalares e da ONU. No hospital Jahal Amel, em Tiro, ainda se recuperam dos graves ferimentos produzidos por estas explosões duas das três crianças feridas na cidade de Bint Jbeil, enquanto brincavam com uma destas bombas de fragmentação, parecidas com uma pequena bola. As crianças chegaram na quinta-feira passada ao centro hospitalar de Bint Jbeil - o único existente na região do sul mais próxima à fronteira -, onde foi impossível atendê-las devido ao bombardeio de suas instalações pela aviação israelense, que destruiu o gerador principal, um caminhão-pipa com água e o alojamento dos médicos. Assim, as crianças tiveram de ser transferidas para Tiro, a duas horas de viagem pela estrada de Bint Jbeil, onde um cirurgião cubano-libanês, Abdul Nasser, tratou de seus graves ferimentos. Nasser foi o único cirurgião dos quatro que trabalhavam no hospital Jahal Amel a permanecer em Tiro durante todo o conflito, onde realizou dezenas de operações diárias. Abdul Nasser informou que atendeu no Jahal Amel a mais de 820 pessoas desde o início das hostilidades, 320 delas desde o cessar-fogo da segunda-feira passada. Os soldados das Nações Unidas e analistas de outras organizações internacionais trabalham intensamente durante estes dias no sul do país árabe para inutilizar os artefatos sem explodi-los e desativar as bombas de fragmentação, permitidas pelas convenções internacionais em tempos de guerra somente para impedir o avanço do inimigo.

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