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Bombas usadas no atentado em Boston eram espécie de panela de pressão

Segundo autoridades, os objetos estavam cheios de pregos, pólvora e pequenos rolamentos

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Por Redação
Atualização:

(Texto atualizado às 19h13)

BOSTON - As bombas usadas no

, eram uma espécie de panela de pressão que, depois de terem explodido, enviaram estilhaços para diversos lados, disseram autoridades nesta terça-feira, 16.

Cirurgiões de hospitais em Boston disseram à emissoras de TV que as bombas continham pequenos objetos cortantes que mutilassem as vítimas com o impacto da explosão. "Quando essas crianças chegaram, vieram tão gravemente feridas, só cobertas pelo cabelo tostado e com tanta dor, que era de virar o estômago", disse David Mooney, diretor do programa de traumatologia do Hospital Infantil de Boston. "Puxar pregos da carne de uma menininha é simplesmente horrível."

A vítima fatal mais jovem é um menino de 8 anos, identificado pela família como Martin Richard. Em frente à casa da família, no bairro de Dorchester, muitas flores foram depositadas num memorial improvisado, e a palavra "paz" foi escrita a giz na calçada. Outra vítima foi Krystle Campbell, 29 anos, moradora de Medford, Massachusetts. A terceira pessoa morta ainda não foi identificada.

Um funcionário de contraterrorismo disse que pelo menos uma, e provavelmente as duas bombas, eram panelas de pressão cheias de pregos e pequenos rolamentos, além de pólvora, detonadas com espécies de "timers" usados na cozinha. Segundo a fonte, as autoridades acreditam que as bombas estavam escondidas dentro de sacolas ou mochilas e foram deixadas na rua ou na calçada, perto da linha de chegada da maratona.

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O deputado republicano Michael McCaul, que dirige o Comitê de Segurança Interna da Câmara dos Deputados, disse que as autoridades acreditam que os explosivos eram semelhantes aos utilizados contra tropas norte-americanas no Iraque e no Afeganistão. McCaul ressaltou que ainda não se sabe se o ataque foi um ato de um grupo externo ou interno.

Com informações do New York Times e da Reuters 

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