12 de outubro de 2017 | 18h08
SONOMA, EUA - Bombeiros lutavam nesta quinta-feira, 12, para conter a propagação de incêndios florestais que já mataram ao menos 26 pessoas no norte da Califórnia. Autoridades do Estado americano já qualificam esta como a pior tragédia com fogo na região em 84 anos.
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O tempo seco e os ventos fortes ameaçavam espalhar ainda mais as chamas, que já somam mais de 20 focos de incêndio espalhados por 8 condados. Eles vêm ganhando força desde que começaram, de maneira explosiva, no domingo.
O número de mortos ultrapassou os 25 de um incêndio nas colinas de Oakland em outubro de 1991, mas ainda é menor que os 29 que morreram em um incêndio no Griffith Park, em Los Angeles, em 1933. Apesar disso, a contagem de vítimas ainda pode subir, já que ainda há centenas de desaparecidos.
O Serviço Nacional de Clima dos EUA alertou nesta manhã para a persistência de “condições climáticas críticas para incêndios” na área nos próximos três dias. Não há expectativa de chuva, e ventos secos de mais de 55 km/h estão soprando do norte.
O incêndio mais mortal da Califórnia, conhecido como Tubbs, estava a três quilômetros de Calistoga, uma comunidade do mundialmente famoso setor vinicultor do Vale de Napa, cujos 5 mil moradores foram orientados a deixar suas casas na quarta-feira.
“Vai depender do vento” a cidade queimar ou não, afirmou o chefe de bombeiros de Calistoga, Steve Campbell, nesta quinta-feira. “Há previsão de ventos fortes, mas ainda não os recebemos”.
Na noite da véspera, novas ordens de retirada também foram emitidas no condado de Sonoma para partes de Santa Rosa, a maior cidade da região de vinhedos, e para Geyserville, uma pequena cidade de 800 pessoas.
Os incêndios arrasaram cerca de 69 mil hectares de terras e destruíram 3,5 mil edifícios. Bairros inteiros foram reduzidos a cinzas, com árvores queimadas e carros incinerados. / REUTERS
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