
18 de junho de 2019 | 14h39
Atualizado 19 de junho de 2019 | 11h40
LONDRES - O deputado conservador e ex-chanceler Boris Johnson ampliou nesta terça-feira, 18, sua vantagem na corrida para suceder a primeira-ministra britânica, Theresa May, vencendo por ampla margem a segunda rodada de votação. Agora, restam apenas cinco candidatos na disputa. O "tory" (como são conhecidos os conservadores) que vencer as primárias da legenda herdará, além disso, o cargo de primeiro-ministro britânico.
As opções de Londres com a saída de May
Boris Johnso, também ex-prefeito de Londres, obteve 126 votos sobre um total de 313 deputados conservadores. Dominic Raab, que foi brevemente ministro do Brexit, foi eliminado por não alcançar 10% do apoio. O ministro das Relações Exteriores Jeremy Hunt somou 46 votos, o ministro de Meio Ambiente Michael Gove, 41, o ministro do Desenvolvimento Internacional Rory Stewart, 37, e o ministro do Interior, Sajid Javid, 33 votos.
Os parlamentares conservadores escolherão nesta semana em sucessivas votações, entre quarta e quinta-feira, dois finalistas, que serão submetidos à eleição por correio entre os cerca de 160 mil filiados do Partido Conservador, um processo que terá o resultado revelado no fim de julho.
Stewart, o candidato mais moderado com relação ao Brexit e o único que se opõe a uma ruptura não negociada com a União Europeia (UE), superou as expectativas ao passar do corte da segunda votação. Na primeira eleição, na semana passada, o ministro de Desenvolvimento Internacional tinha sido o menos respaldado dos candidatos que seguiram adiante, com 19 apoios.
A líder conservadora anunciou a intenção de renunciar no fim de maio, depois que o Parlamento rejeitou em três ocasiões o acordo do Brexit que tinha negociado com Bruxelas.
Johnson, o favorito para ser o próximo chefe do governo, assegura que, se ocupar o escritório do número 10 da Downing Street, fará com que o Reino Unido abandone a UE em 31 de outubro - data limite para ratificar um pacto - mesmo que os termos de saída não tenham sido aprovados. / EFE e AFP
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