PUBLICIDADE

Boris Johnson é convocado à Justiça por alegação de ter mentido sobre Brexit

Possível sucessor de Theresa May é acusado pelo empresário Marcus Ball de mentir sobre o custo para o Reino Unido de integrar a União Europeia antes do plebiscito de 2016

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

LONDRES - Um tribunal do Reino Unido ordenou que o ex-chanceler Boris Johnsoncandidato favorito para substituir Theresa May no cargo de primeiro-ministro, compareça à Justiça por acusações de que ele teria mentido deliberadamente à população durante a campanha do plebiscito de 2016 sobre o Brexit.

Boris Johnson erao nome mais cotado para substituir Theresa May na liderança do Reino Unido Foto: Darren Staples / Reuters

PUBLICIDADE

Os advogados do empresário Marcus Ball acusam Johnson, fervoroso defensor da saída do Reino Unido da União Europeia, de ter mentido, quando era prefeito de Londres, ao afirmar que o país pagava 350 milhões de libras (US$ 440 milhões) por semana a Bruxelas.

Johnson, cuja intervenção na campanha do plebiscito foi considerada decisiva para a vitória do Brexit, deverá comparecer ao tribunal para responder a acusações de "má conduta em cargo público" durante uma audiência preliminar que determinará se o caso deve ir a julgamento, decidiu a juíza Margot Coleman. A data da audiência ainda não foi anunciada.

"O Reino Unido nunca enviou ou deu 350 milhões de libras por semana", afirmou um dos advogados de Ball, Lewis Power, ao defender o caso na semana passada na Corte de Magistrados de Westminster.

Johnson "sabia que o valor era falso e, no entanto, optou por repeti-lo, várias vezes", disse Power. "A democracia exige uma liderança responsável e honesta por parte das pessoas que ocupam funções públicas." 

O político nega a acusação. O advogado de Johnson, Adrian Darbishire, afirmou que a acusação é inapropriada e uma manobra "política". / Reuters e AFP

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.