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Bósnia pode expulsar embaixador americano

Por Agencia Estado
Atualização:

Dois membros da presidência multiétnica da Bósnia acusaram nesta terça-feira diplomatas dos Estados Unidos por interferência nas quetões internas da nação e ameaçaram expulsá-los. O terceiro membro da presidência manifestou-se contrário à medida. "A presidência irá estudar a retirada das credenciais daqueles diplomatas que ultrapassaram os limites de seus mandatos. Eles não estão aqui para escolher autoridades (locais) definir quem é moderno e quem não é, nem influenciar os eleitores e a imprensa", declarou Zivko Radisic, membro sérvio da presidência coletiva. Falando a jornalistas em Banja Luka, uma fortaleza servo-bósnio no norte do país, ele disse que já havia alertado ao embaixador dos Estados Unidos, Thomas Miller, e o também norte-americano Robert Barry, que lidera a missão bósnia na Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE). Veso Vegar, assessor de Ante Jelavic, o membro bósnio-croata da presidência, confirmou que "a presidência discutiu a possibilidade de retirar as credenciais dos embaixadores Miller e Barry". Jelavic "apóia plenamente a opinião de Radisic". O assessor de Halid Genjac, o membro muçulmano da presidência bósnia, disse não apoiar os outros dois porque a expulsão dos diplomatas "traria conseqüências imprevisíveis para as relações entre Estados Unidos e Bósnia-Herzegovina".

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