13 de julho de 2010 | 23h06
A petroleira britânica BP iniciou nesta terça-feira uma série de testes para tentar interromper o vazamento de um poço de petróleo, que ocorre desde abril no Golfo do México.
Os testes ocorrem depois que a companhia conseguiu colocar uma nova cápsula ou "tampa" no poço. O processo de testes para saber se esta nova cápsula poderá conter o vazamento deve durar entre seis e 48 horas, de acordo com o executivo da companhia Kent Wells.
Se os testes de pressão forem bem-sucedidos, o poço da BP será mantido fechado e o vazamento contido até que a companhia consiga perfurar mais poços para interceptar e interromper o vazamento.
O plano da BP é que nenhum petróleo seja liberado do poço durante o processo de testes, mas a companhia permanece cautelosa.
"O sistema de vedação nunca foi usado nesta profundidade antes ou nestas condições, e sua eficiência e habilidade para conter o petróleo e gás pode não ser garantida", afirmou a BP em uma declaração.
Sem promessas
O teste consiste em fechar três válvulas separadas que paralisariam o fluxo de petróleo para o Golfo do México.
Se o teste realmente seguir como o planejado, esta será a primeira vez desde o início do vazamento, que começou em abril com a explosão da plataforma Deepwater Horizon, que o fluxo de petróleo será cortado.
Durante estes testes a BP vai monitorar a pressão no poço. Se a pressão for alta, o petróleo terá sido contido.
Mas, se os testes mostrarem pressão baixa, poderá indicar que o petróleo está vazando em algum outro lugar do poço.
Kent Wells afirma que não pode fazer promessas quanto ao funcionamento desta nova válvula.
"Não é algo simples. O que não queremos fazer é especular", afirmou.
Wells acrescentou que se for constatado que a pressão no local está baixa, a válvula não será fechada e os navios na superfície do Golfo do México continuarão coletando o petróleo do vazamento.
Solução temporária
O fechamento do poço com esta válvula seria uma solução temporária até que a BP consiga concluir os trabalhos nos poços para interromper o vazamento. O primeiro destes poços só deve ficar pronto na primeira quinzena de agosto.
O vazamento de petróleo no Golfo do México é o pior desastre ambiental da história americana e permanece sem solução. Desde a explosão da plataforma Deepwater Horizon, diversas estratégias para conter o fluxo de petróleo fracassaram.
Na segunda-feira entre 337 milhões e 666 milhões de litros de petróleo vazaram para o Golfo do México de acordo com estimativas do governo americano.
A BP afirma que já gastou US$ 3,5 bilhões nas operações em resposta ao vazamento, desde a explosão da Deepwater Horizon.BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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