Brasil apóia cessar-fogo e envio de força de paz ao Líbano

"Infelizmente o mundo assiste estarrecido a uma contínua escalada das ações bélicas na região", afirmou o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim

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Por Agencia Estado
Atualização:

O chanceler brasileiro, Celso Amorim, afirmou nesta quarta-feira que o Brasil não vê "perspectivas de melhora imediata" no conflito entre Israel e o Hezbollah e defende o envio de uma força internacional de paz para o Líbano. O ministro compareceu nesta quarta à Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado para expor a postura do Governo de Luiz Inácio Lula da Silva sobre a situação no Oriente Médio. Amorim destacou que "Israel teve uma reação desproporcional no conflito" e atingiu muitos civis, sobretudo no Vale de Bekaa. "Infelizmente o mundo assiste estarrecido a uma contínua escalada das ações bélicas na região", disse Amorim, citado pela Agência Brasil. O Brasil é a favor de um cessar-fogo imediato na região, seguido de uma força de paz internacional "para garantir a ordem jurídica", afirmou. O ministro disse que, apesar de sua "limitada capacidade de ação e da falta de perspectivas de melhoria imediata", o Brasil redobrou os esforços para ajudar os cerca de oito mil brasileiros que vivem no Líbano. Até agora 2.250 brasileiros e libaneses com passaporte brasileiro deixaram a área de conflito, 1.500 deles com ajuda da Chancelaria, que organizou caravanas de ônibus até Amã (Jordânia) e Damasco (Síria), de onde viajaram para o Brasil em vôos da Força Aérea e de companhias aéreas privadas. Alguns senadores criticaram a postura do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, ao apoiar a posição "belicista" de Israel.

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