Brasil apoiará argentino para chefiar Unasul

Apoio foi prometido pelo presidente Temer, por recomendação do ministro das Relações Exteriores, durante a reunião que teve nesta terça-feira com o presidente da Argentina, Mauricio Macri, em Brasília

PUBLICIDADE

Por Lu Aiko Otta e Brasília
Atualização:

O Brasil apoiará o candidato argentino, José Octavio Bordon, à secretaria-geral da União de Nações Sul-Americanas (Unasul). O cargo está vago desde o fim de janeiro, com o término do mandato do ex-presidente da Colômbia Ernesto Samper no comando do grupo. 

Temer recebe Macri em almoço no Palácio Itamaraty, em Brasilia Foto: ANDRE DUSEK/ESTADAO

PUBLICIDADE

O apoio foi prometido pelo presidente Michel Temer, por recomendação do ministro das Relações Exteriores, José Serra, durante a reunião que teve nesta terça-feira, 7, com o presidente da Argentina, Mauricio Macri.

Fontes disseram acreditar que, dessa forma, será facilitado um alinhamento da Unasul com a política adotada no Brasil e na Argentina. 

Sob o comando de Samper, o grupo de países tinha uma atuação marcadamente política e alinhada aos chamados países “bolivarianos”. Samper criticou duramente o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

Agora, a expectativa, ao menos do lado brasileiro, é a de que o novo secretário-geral tenha uma atuação “mais de diretor de produção do que de maestro”, segundo comentou uma fonte. A Unasul poderia ser útil na coordenação de medidas como, por exemplo, o combate à zika na região.

Bordon ainda é o único candidato ao posto. Mas sua eleição não é dada como certa, pois não há regras para o processo de escolha do secretário-geral. O nome tem de ser objeto de consenso. 

Bordon foi embaixador argentino em Washington durante o governo de Néstor Kirchner e agora, no governo Macri, é embaixador no Chile. Isso é comum quando se trata de funcionários públicos de carreira, mas Bordon é um político.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.