Brasil é 31º mais competitivo do mundo

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Por Agencia Estado
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O Brasil ocupa a 31ª posição no ranking dos países mais competitivos do mundo, elaborado pelo Instituto Internacional pelo Desenvolvimento da Gestão (IMD, sigla em inglês) e divulgado nesta terça-feira em Lausanne, na Suíça. No ano passado, o Brasil ocupava a mesma posição e em 1999 era o 34º país mais competitivo. Entre os países latino-americanos, o Brasil perde apenas para o Chile, que ficou em 24º lugar. Os demais países latino-americanos incluídos no "Relatório sobre a Competitividade Mundial 2001" são o México (36º), Argentina (43º), Colômbia (46º) e a Venezuela (48º). Para elaborar o estudo deste ano, o IMD - universidade especializada no treinamento de executivos de várias partes do mundo - avaliou 286 critérios em 49 países, como por exemplo, o desenvolvimento da infra-estrutura tecnológica, o funcionamento da administração pública, a qualidade do sistema educacional e a produtividade. O Brasil se destacou na pesquisa do IMD em alguns critérios, como, por exemplo, o crescimento da atração de investimentos direto estrangeiros, custo da mão de obra no setor manufatureiro, exportação de serviços comerciais, a "flexibilidade a adaptabilidade" da população para novos desafios, média dos impostos corporativos sobre lucros e a proporção da população empregada. Em contrapartida, o país foi um dos piores nos critérios de exportações de produtos e serviços comerciais com percentagem do PIB, estoque de portfólios de investimentos, desemprego entre a população jovem, gastos públicos em educação como percentagem do PIB e inflação para o consumidor. Num exercício de simulação, o IMD disse que se o Brasil atingisse a média dos 49 países pesquisados nesses critérios nos quais registra um desempenho sofrível o país ocuparia a 28ª posição do ranking. A exemplo de anos anteriores, o ranking do IMD é liderado pelos Estados Unidos e Cingapura, seguidos pela Finlândia, Luxemburgo e Holanda. Entre os países da União Européia, a líder é a República da Irlanda, que ocupa a sétima posição, seguida pela Alemanha (12º), Dinamarca (15º), Bélgica (17º), Reino Unido (19º), Espanha (23º), França (25º), Grécia (30º), Itália (32º). Segundo o IMD, no ano passado a economia mundial foi marcada pela "exuberância" ? dos 49 países avaliados, 43 registraram crescimento do PIB superiores a 3%. Neste ano, no entanto, a palavra chave é "ressaca" pois a desaceleração econômica nos Estados Unidos e Japão ? que representam 46% da economia mundial - terá um impacto negativo no resto do mundo, principalmente na Ásia e na América Latina. "A competitividade está cada vez mais ligada ao poder intelectual", disse o estudo. "Uma guerra entre os países para atrair os melhores cérebros está ganhando força." O estudo cita o exemplo dos Estados Unidos, que adotou uma estratégia agressiva para facilitar a imigração de talentos. Entre 1994 e 1999, os Estados Unidos ´importaram´ 124 mil indianos, 68 mil chineses, 57 mil filipinos e 42 mil britânicos portadores de diplomas de pós-graduação. Outros países, como a República da Irlanda, Taiwan, Austrália e Alemanha estão adotando políticas semelhantes.

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