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Brasil e Espanha tentam vencer veto americano à Venezuela

Por Agencia Estado
Atualização:

Espanha e Brasil buscam soluções para o veto dos Estados Unidos à venda de aviões militares com tecnologia americana à Venezuela, segundo indicou hoje o ministro venezuelano de Defesa, almirante Orlando Maniglia. "Tanto a Espanha como o Brasil estão fazendo todos os esforços para encontrar soluções para o problema do veto americano, e isto é oportuno e pertinente destacar", disse Maniglia aos jornalistas. O ministro acrescentou que aguarda a proposta da Espanha para substituir os componentes americanos dos aviões de transporte e vigilância marítima. "Uma vez que eles (os espanhóis) façam suas análises, têm de nos apresentar, pois isso requer uma modificação de contrato e qualquer proposta de mudança tem de ser registrada e aprovada por nós", disse. Washington proibiu, na última semana, a venda de 12 aviões espanhóis que incorporam alguma tecnologia americana, situação que pode repetir-se com o Brasil, que fornecerá à Venezuela aviões de treino Super Tucano com motor americano. Em resposta ao veto dos EUA, o governo espanhol anunciou que os contratos assinados com a Venezuela para a venda dos aviões militares, por um montante de 1,7 bilhão de euros, "devem ser cumpridos", razão pela qual os componentes fabricados nos EUA serão substituídos por tecnologia de outra origem. O presidente da Venezuela qualificou, na semana passada, a decisão dos Estados Unidos como um "atropelo imperialista" e assegurou que "isto é evidência do horroroso imperialismo que Washington quer impor ao mundo". A Venezuela também comprou da Rússia 10 helicópteros e 100 mil fuzis Kalashnikov. Os primeiros três helicópteros do grupo chegarão ao país no mês de março, segundo informou Maniglia.

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