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Brasil faz apelo na ONU em favor da paz

Por Agencia Estado
Atualização:

O Brasil fez um apelo nesta quarta-feira, durante a sessão ampliada do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), em favor do fim do conflito no Iraque e do firme respeito aos direitos humanos de civis, de refugiados e de prisioneiros de guerra, bem como da soberania daquele país. Igualmente o governo brasileiro defendeu o restabelecimento imediato da ajuda humanitária à população iraquiana, sob coordenação do secretário-geral da ONU, Kofi Annan, e a reforma e ampliação do Conselho de Segurança. O apelo foi expresso no discurso do embaixador Ronaldo Sardenberg, representante permanente do Brasil na ONU. ?O Brasil não pode deixar de deplorar profundamente o início da ação militar, particularmente o fato de que o recurso ao uso da força se deu sem a expressa autorização do Conselho de Segurança?, afirmou. ?O governo brasileiro formula um apelo para a cessação das hostilidades, a restauração da paz e o respeito à integridade territorial e à soberania do Iraque?, completou. O discurso de Sardenberg no Conselho de Segurança fez parte do conjunto de iniciativas do País para reiterar sua posição contrária ao conflito no Oriente Médio e aos riscos de esfacelamento da ONU, bem como de estimular articulações que possam trazer o resultado esperado. Nesta sexta-feira, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, participa de debates sobre o conflito no Oriente Médio previstos para a reunião ministerial da União Européia e do Grupo do Rio, em Vouliagmeni, na Grécia. Na próxima segunda-feira, desembarca em Roma com a missão de reiterar mensagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao papa João Paulo 2º, na qual o governo brasileiro apoia os esforços do Vaticano para apressar o fim do conflito. A mensagem será transmitida durante reunião de Amorim com o secretário de Estado da Santa Sé, cardeal Angelo Sodano, e o secretário para Relações com os Estados, monsenhor Jean-Louis Tauran. No dia seguinte, o chanceler brasileiro discutirá a guerra e suas repercussões para a ONU com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Federação Russa, Igor Ivanov, e com o próprio presidente russo, Vladimir Putin, um dos mais empenhados opositores da invasão do Iraque pelos Estados Unidos. Nesses encontros, Amorim estará acompanhado dos chanceleres do Peru e da Costa Rica. Nesta quarta-feira, Sardenberg dedicou boa parte de seu discurso à defesa da reforma do Conselho de Segurança, uma velha bandeira do Brasil. Argumentou que a instituição continua a ser a ?única fonte que pode legitimar o uso da força?, mas que a deflagração do conflito sem seu respaldo prévio tende a trazer ?consequências adversas e de longo prazo aos trabalhos das Nações Unidas?. Nessa linha, retomou discretamente o pleito de inclusão do País como membro permanente do Conselho, ao defender uma reforma capaz de fazer com que o órgão reflita as novas realidades do mundo, ?o aumento do número de membros? e o ?crescente papel dos países em desenvolvimento nas relações internacionais?. Veja o especial :

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