Brasil ganha apoio para vaga no Conselho de Segurança

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Por Agencia Estado
Atualização:

Em discurso na Assembléia Geral das Nações Unidas, nesta quinta-feira, o ministro de Exteriores do Reino Unido, Jack Straw, defendeu o ingresso do Brasil como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU. Ele disse que o Conselho de Segurança tem que ser reformado e ampliado de 15 para 24 vagas. Entre esses 24 membros, devem estar Brasil, Alemanha, Japão e Índia. "O Brasil quase se tornou membro permanente em 1945, a Índia representa um sexto da população mundial e a Alemanha e Japão representam 28% do orçamento da ONU", mencionou. O Ministério das Relações Exteriores brasileiro divulgou ainda na quinta-feira nota em que relata o anúncio de apoio público da França, além da Inglaterra, ao ingresso do Brasil como membro permanente do Conselho de Segurança. Quem manifestou essa posição pela França foi o chanceler Michel Barnier, também em discurso na ONU. É a primeira vez que uma alta autoridade britânica declara apoio à candidatura brasileira num discurso na Nações Unidas, afirma o Itamaraty. Como membros permanentes do Conselho, Inglaterra e França têm poder de veto sobre as decisões do órgão. Os outros três integrantes do Conselho com esse status são China, Estados Unidos e Rússia. A composição ainda espelha o resultado da 2a Guerra Mundial, por isso, potências importantes como Japão e Alemanha (que, aliadas, foram derrotadas no conflito) não integram até hoje esse conselho. Na terça-feira, Japão, Alemanha, Brasil e Índia, que constituem o chamado G-4, fecharam acordo em reunião em Nova York para apoiarem atualmente o ingresso dos quatro países no Conselho de Segurança, como membros permanentes. Desde o início do ano, o Brasil ocupa vaga rotativa entre os membros não permanentes no Conselho.

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