Brasil manifesta 'preocupação' com escalada do conflito militar na Síria 

O Itamaraty informou que tem mantido contato regular com a comunidade brasileira residente na Síria e não havia registro de brasileiros entre as vítimas do ataque

PUBLICIDADE

Atualização:

O Ministério das Relações Exteriores brasileiro manifestou, nesta sexta-feira, 7, "preocupação" com a escalada do conflito militar na Síria. Em nota divulgada à imprensa, o governo brasileiro reiterou sua "consternação" com as notícias de emprego de armas químicas no conflito. 

"(O governo) reafirma a importância de que sejam conduzidas investigações abrangentes e imparciais sobre o ocorrido em Idlib, que levem à apuração dos atos e à punição dos responsáveis", afirma a nota do Itamaray. 

Sede do Itamaraty, em Brasília Foto: Charles Sholl/Futura Press

PUBLICIDADE

Na terça-feira, dia do ataque com armas químicas que matou dezenas, o ministério já havia divulgado nota no mesmo tom. "O Brasil reitera sua veemente condenação ao uso de armas químicas, sob quaisquer circunstâncias", dizia o texto.

"A solução para o conflito sírio requer diálogo efetivo e pleno respeito ao direito internacional. Nesse contexto, renovamos o apoio às tratativas conduzidas em Genebra sob a égide das Nações Unidas e com base nas resoluções do Conselho de Segurança."

O Itamaraty informou que tem mantido contato regular com a comunidade brasileira residente na Síria e não havia registro de brasileiros entre as vítimas do ataque.A comunidade brasileira na Síria, segundo o ministério, é estimada atualmente entre mil e 1,4 mil pessoas, com cerca de 240 menores de idade com dupla cidadania. 

Em julho de 2012, ano em que o conflito se intensificou, o governo brasileiro decidiu retirar seu pessoal diplomático para Beirute (Líbano) e Amã (Jordânia). A embaixada em Damasco já funcionava parcialmente desde o início do conflito, em março de 2011. 

No ano passado, em meio a uma relativa melhora nas condições de segurança em Damasco, a Embaixada do Brasil na capital síria retomou plenamente o atendimento consular no país. Nenhum funcionário voltou a residir na cidade, mas um diplomata ou representante passou a visitar a cidade regularmente - à medida que a situação de segurança permite - para tratar de assuntos e autorizar documentos a serem emitidos.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.