Brasil nos dois lados da eleição

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O Brasil está presente na campanha venezuelana - tanto do lado de Hugo Chávez quanto do opositor Henrique Capriles. Ambos têm assessores brasileiros e os dois candidatos citam como modelo de governança os programas do ex-presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva e de sua sucessora, Dilma Rousseff. A presença do publicitário do Partido dos Trabalhadores João Santana - responsável também pela candidatura de Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo - ficou evidente já no começo da campanha de Chávez, quando o programa de habitação do governo venezuelano, oficialmente batizado como Missión Gran Vivienda, passou a ser chamado de "Mi Casa, Mi Vida". Nas últimas semana, Chávez lembrou o sucesso do programa que chamou de "fome-zero" e agora promete eliminar a miséria absoluta da Venezuela por meio de um programa denominado "Um país sem miséria", um dos slogans mais conhecidos do governo petista brasileiro. "De uma forma simplista, há uma simpatia muito grande na Venezuela pelos avanços registrados no Brasil durante o período de Lula e, agora, de Dilma", explica Osmar Noria, analista da Universidade Central. Capriles, apoiado por uma frente eleitoral que agrupa desde velhos partidos tradicionais até grupos comunistas, declara-se de esquerda e promete adequar o modelo Lula-Dilma para a Venezuela. No encerramento de campanha, em Barquisimeto, não faltou nem o "a esperança vai vencer o medo", cunhado pelo ex-presidente brasileiro.Nos anúncios pagos publicados em jornais pela campanha de Chávez, o nome de Lula aparecia em primeiro lugar numa lista de personalidades estrangeiras que apoiam o governista. Da mesma lista, constavam os nomes dos ganhadores do Nobel Adolfo Pérez Esquivel e Rigoberta Menchú, de escritores como Eduardo Galeano e Ignacio Ramonet e artistas como Sean Penn. / R.L.

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