Brasil pede 'respeito às liberdades políticas e civis' durante transição no Egito

Em comunicado do Itamaraty, governo diz que mudanças devem ocorrer em 'ambiente de diálogo democrático'.

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Por BBC Brasil
Atualização:

Brasil pede que mudanças ocorram em 'ambiente democrático' O governo brasileiro reagiu à renúncia do presidente egípcio, Hosni Mubarak, pedindo que a transição política no país árabe "transcorra dentro do respeito às liberdades políticas e civis e aos direitos humanos da população", segundo comunicado do Itamaraty. A saída de Mubarak foi anunciada nesta sexta-feira em pronunciamento feito pelo vice-presidente, Omar Suleiman. Os poderes presidenciais passarão para o Conselho das Forças Armadas, liderado pelo ministro da Defesa, Mohamed Hussein Tantawi. No comunicado, o governo brasileiro ainda afirma que se solidariza com o povo egípcio em suas demandas e que tem "confiança" que as lideranças políticas "saberão fazer face a este momento de novas oportunidades e desafios, em ambiente de entendimento e de diálogo democrático" O chanceler brasileiro, Antonio Patriota, que está na sede da ONU, onde o Brasil assumiu a presidência rotativa do Conselho de Segurança neste mês, disse que está em consulta com o secretário-geral das Nações Unidas e com os demais membros do conselho para avaliar o impacto dos desdobramentos no Egito sobre estabilidade no Oriente Médio. Parceiro 'relevante' O governo brasileiro disse acompanhar "com grande interesse a evolução da situação política no país amigo, que, além de parceiro relevante, desempenha papel importante para a estabilidade do Oriente Médio". Segundo a Secretaria de Comércio Exterior do Brasil, as exportações brasileiras para o Egito somaram US$ 1,97 bilhão (cerca de R$ 3,27 bilhões) em 2010, valor 36% maior que o de 2009. O país é o segundo maior comprador de produtos brasileiros no mundo árabe, atrás apenas da Arábia Saudita. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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