Brasil rejeita limitar compra de alimentos

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BRASÍLIAA Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou ontem em um comunicado que "o Brasil não adotará, no momento, medidas proibitivas para a importação de produtos alimentícios japoneses".Segundo a nota, a última vez que o País importou alimentos do Japão ocorreu em fevereiro, antes da catástrofe natural que danificou a usina nuclear de Fukushima, no dia 11. "Além disso, essa importação foi apenas de misturas e pastas para preparação de produtos de padaria, pastelaria e da indústria de bolachas e biscoito, categoria de alimentos sem indícios de contaminação com radionuclídeos no momento."A diretora da agência, Cecília Brito, afirmou que o Japão se comprometeu a tirar do mercado alimentos com níveis de contaminação radioativa "superiores aos limites estabelecidos pela Comissão de Segurança Nuclear do Japão". "Mesmo assim, continuaremos a acompanhar as investigações realizadas pelas autoridades sanitárias internacionais e as importações brasileiras de produtos japoneses, a fim de subsidiar continuamente o posicionamento da agência sobre o caso", disse."Temos uma margem de segurança, pois, historicamente, compramos apenas alimentos embalados do Japão e, segundo a Organização Mundial da Saúde OMS), a radioatividade não contamina esse tipo de produto", afirmou.De acordo com a Anvisa, a exemplo do que vem ocorrendo nos Estados Unidos e na União Europeia, o Brasil realizará "o monitoramento desses alimentos (importados do Japão) nos entrepostos aduaneiros por onde eles passam antes de entrar no País".Números da tragédia9.523mortes foram confirmadas pelas autoridades japonesas até ontem16.094pessoas desapareceram por causa da catástrofe, segundo o governo japonês256.714habitantes que tiveram de deixar suas casas estão em abrigos improvisados20 kmé o raio ao redor da central nuclear de Fukushima interditado pelas autoridades japonesas30 kma partir da usina, é a distância mínima para que moradores possam abrir suas janelas177.500pessoas que viviam próximo à usina prejudicada pelo desastre deixaram suas casas209.354residências da região norte do Japão ainda estavam sem luz até Ontem

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