
16 de junho de 2011 | 19h14
No entanto, para ser adotada, é preciso que haja uma decisão unânime dos 15 membros. "Tenho conversado sobre a hipótese de uma declaração presidencial. Essa é uma prática do conselho. As declarações são sempre por consenso, não há voto, são sempre negociadas antes", explicou o chanceler brasileiro, Antonio de Aguiar Patriota, ao sair de um almoço em homenagem ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon.
Patriota contou que Moon afirmou achar "desejável" que o Conselho tome posição sobre a Síria, mas reconheceu que há uma divisão hoje. A proposta de uma resolução, feita por países europeus, não agrada nem ao Brasil, nem a Rússia e China, dois membros permanentes com direito a veto. Apesar da França, patrocinadora da proposta, alegar que já teria maioria para aprová-la, não conseguiu convencer os dois países a não vetar a resolução.
Patriota reconheceu que as negociações ainda estão no início. A intenção do Brasil é sair da posição de quem apenas nega para tentar uma alternativa. Há dúvidas, no entanto, se será bem sucedida. China e Rússia já informaram ao Itamaraty que podem trabalhar com a proposta. O Líbano - outro país contrário à resolução - pode oferecer mais resistência. Estados Unidos e os países europeus também, mas por razões inversas, acreditando que a declaração teria pouco efeito. No entanto, podem concordar se forem convencidos que a resolução será vetada.
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